
A Polícia Civil de Santa Catarina concluiu o inquérito relativo ao ataque a uma creche de Blumenau que deixou quatro crianças mortas e cinco feridas no início do mês. Segundo revelado pelas autoridades em coletiva nesta segunda-feira, o autor do crime passou a ter comportamento paranóico após se tornar usuário de drogas. Para um amigo, cerca de duas semanas antes do massacre, ele chegou a afirmar que iria fazer “algo grande” nos próximos dias.
Ainda segundo a Polícia Civil, o assassino teria apontado como mandante do crime um policial militar, que o teria obrigado a cometer o massacre após uma ameaça. A investigação concluiu, no entanto, que a afirmação era infudada, e a hipótese foi descartada.
— Conseguimos demonstrar que era uma coisa da cabeça dele. Esse policial militar foi ouvido e em momento algum ele disse que conhecia o autor. — disse o delegado Ronnie Esteves, durante a coletiva — O autor fez academia onde o policial militar treina por um período muito curto. E esse policial nunca teve contato com ele.
Apesar de não se conhecerem, o assassino teria admiração pelo PM, que era lutador de jiu-jitsu, de acordo com o delegado.
— Após começar a vender droga, ele procurou afastar pessoas que poderiam impedir que ele levasse à frente essa vontade de consumo e venda. A gente acredita que ele possa ter pensado no policial, que poderia ter feito algo contra ele — diz o delegado Esteves.
Segundo a Polícia Civil, ele chegou a sugerir a amigos que cometeria uma ação criminosa dias antes do massacre na Creche Cantinho do Bom Pastor, tendo mencionado a arma do crime e a figura do policial militar.
— Duas semanas antes, ele se reuniu com um amigo na praça e conversou sobre a machadinha, sobre uma perseguição e sobre o policial militar. E teria dito que faria algo grande. — disse o delegado Ronnie Esteves.
O autor do crime segue preso e foi indiciado por quatro homicídios e quatro tentativas de homicídio triplamente qualificados.
Com informações de: O Globo










