Clientes caminham no Sacolão do Povo, em Brasília Foto: Ed Ferreira/Estadão

O cenário para a inflação neste e nos próximos anos continuou a se deteriorar no Boletim Focus diante da expansão fiscal contratada pelo novo governo, sem ainda um plano claro para alcançar o equilíbrio das contas públicas.

A projeção para o IPCA – índice de inflação oficial – de 2023 subiu de 5,31% para 5,36%. Para 2024, horizonte que fica cada vez mais relevante para a estratégia de convergência à inflação do Banco Central (BC), a mediana também voltou a subir, de 3,65% para 3,70%. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 9.

Da mesma forma, mesmo distante, a projeção para o IPCA de 2025 avançou pela quinta semana seguida, agora de 3,25% para 3,30%.

No caso de 2022, por sua vez, a estimativa para a alta do IPCA continuou em 5,62%. O resultado será publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira, 10.

As medianas na Focus para a inflação oficial em 2022 e 2023 estão bem acima do teto da meta referentes a esses horizontes (de 5,0% e 4,75%, nessa ordem), apontando para três anos de descumprimento do mandato principal do Banco Central. Para 2024 e 2025, os números indicados pelo Boletim Focus já estão acima do centro da meta de 3,00% (margem de 1,50% a 4,50%).

Atualmente, o foco da política monetária está nos anos de 2023 e de 2024. Mas o BC tem dado ênfase ao horizonte de seis trimestres à frente, atualmente o segundo trimestre de 2024.

No Copom de dezembro, o BC atualizou suas projeções para a inflação com estimativas de 6,0% em 2022, 5,0% em 2023 e 3,0% para 2024. O colegiado manteve a Selic em 13,75% ao ano pela terceira vez seguida.

Outros meses

Os economistas do mercado financeiro mantiveram a projeção para a alta do índice de inflação oficial de dezembro no Boletim Focus em 0,46%.

Para o IPCA de janeiro, a estimativa no Boletim Focus cedeu de 0,53% para 0,50%. Já para fevereiro, a previsão para o indicador continuou em 0,70%. Era de 0,65% há quatro semanas.

A expectativa para a inflação suavizada para os próximos 12 meses passou de 5,30% para 5,36%.

Com informações de ESTADÃO

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