Foto: SONNY TUMBELAKA / AFP

Um cidadão brasileiro foi preso no aeroporto internacional de Bali, na Indonésia, ao tentar entrar no país com mais de três quilos de cocaína. A prisão, ocorrida em 13 de julho, foi divulgada nesta quinta-feira (24) pela agência nacional antidrogas indonésia. O caso reacende o alerta sobre o risco de pena de morte a estrangeiros flagrados com entorpecentes no país asiático, que tem uma das legislações mais severas do mundo contra o tráfico.

Segundo autoridades locais, o brasileiro viajava sozinho e transportava a droga distribuída em duas bolsas — uma na mochila e outra na mala. Em coletiva de imprensa, o representante da agência antidrogas, I Made Sinar Subawa, afirmou que o homem alegou ter recebido a missão de entregar o material a um residente em Bali.

O caso se soma a outros episódios envolvendo estrangeiros detidos na Indonésia por tráfico. No mesmo dia, uma mulher sul-africana também foi presa no aeroporto de Bali ao desembarcar de um voo procedente de Cingapura. Durante revista, policiais encontraram quase um quilo de metanfetamina escondido em suas roupas. A suspeita confessou que recebeu instruções para transportar a droga desde Joanesburgo.

Histórico de execuções de brasileiros

A prisão do brasileiro traz à tona casos anteriores de compatriotas condenados e executados na Indonésia por tráfico de drogas. Em 2015, Marco Archer Cardoso Moreira, preso em 2004 com 13 quilos de cocaína escondidos em uma asa-delta desmontada, foi fuzilado na ilha de Nusakambangan. Ele foi o primeiro brasileiro executado no exterior.

Meses depois, em abril do mesmo ano, Rodrigo Muxfeldt Gularte teve o mesmo destino. Preso também em 2004 ao tentar entrar no país com seis quilos de cocaína ocultos em pranchas de surfe, Gularte foi diagnosticado com esquizofrenia paranoide, mas a condição de saúde não impediu a execução, gerando protestos do governo brasileiro e de organizações internacionais.

Na Indonésia, o tráfico de drogas é passível de pena capital, e dezenas de pessoas, entre elas estrangeiros, aguardam no corredor da morte. As últimas execuções ocorreram em 2016, quando um indonésio e três nigerianos foram fuzilados.

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