Davi Alcolumbre e Hugo Motta cancelaram as sessões da Câmara e do Senado desta terça-feira (5) após obstrução das Mesas Diretoras por parlamentares da oposição

As sessões do Congresso Nacional previstas para esta terça-feira (5) foram canceladas após parlamentares da oposição ocuparem as Mesas Diretoras da Câmara dos Deputados e do Senado, em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A medida foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na segunda-feira (4).

A decisão de suspender os trabalhos foi anunciada pelos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), diante da obstrução provocada por aliados de Bolsonaro. Segundo informações do portal Metrópoles, os dois dirigentes convocaram reuniões emergenciais com lideranças partidárias para discutir soluções que permitam a retomada das atividades legislativas.

Nas redes sociais, Hugo Motta afirmou que acompanha o impasse desde as primeiras horas do dia. “Determinei o encerramento da sessão do dia de hoje e amanhã chamarei reunião de líderes para tratar da pauta, que sempre será definida com base no diálogo e no respeito institucional. O Parlamento deve ser a ponte para o entendimento”, publicou o deputado no X (antigo Twitter).

Já Davi Alcolumbre classificou a ocupação como um “exercício arbitrário das próprias razões” e criticou a tentativa de obstrução dos trabalhos. Em nota oficial, o senador fez um apelo à serenidade, destacando a importância da civilidade e do diálogo como pilares da democracia.

Manifestação nos plenários

A ocupação nas duas Casas teve início após a decisão judicial que impôs a prisão domiciliar a Bolsonaro. No Senado, participaram da ação os senadores Damares Alves (Republicanos-DF), Jorge Seif (PL-SC), Jaime Bagattoli (PL-RO), Izalci Lucas (PL-DF), Eduardo Girão (Novo-CE) e Magno Malta (PL-ES). Malta chegou a ocupar simbolicamente a cadeira da presidência, usada por Alcolumbre nas sessões plenárias.

Na Câmara, deputados da oposição protestaram com fitas na boca e prometeram manter a ocupação da Mesa Diretora até que sejam pautados projetos sobre anistia e o fim do foro privilegiado. “Só sairemos daqui quando anistia e fim do foro forem votados”, declarou o deputado Sanderson (PL-RS) nas redes sociais.

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