Avião da Força Aérea dos EUA ligado a operações especiais pousa em Guarulhos com aval do governo brasileiro

Um Boeing 757-200 da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF), vinculado ao 150º Esquadrão de Operações Especiais, aterrissou no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, às 21h48 desta terça-feira (19/8). O pouso ocorreu com autorização do Ministério da Defesa, segundo confirmou a GRU Airport, concessionária que administra o terminal. A operação transcorreu normalmente, sem registro de intercorrências.

O que se sabe

• A aeronave pertence ao 150º Esquadrão de Operações Especiais da USAF, unidade responsável por missões de transporte vinculadas ao Departamento de Estado dos Estados Unidos. Essas operações podem envolver deslocamentos de diplomatas, militares e, em alguns casos, agentes da Agência Central de Inteligência (CIA).
• A CIA é o serviço civil de inteligência dos Estados Unidos dedicado à coleta e análise de informações estratégicas para subsidiar a formulação de políticas, especialmente em temas relacionados à segurança nacional.
• Apesar da confirmação da origem militar e da unidade à qual o Boeing está associado, não há informações oficiais sobre o objetivo da viagem ao Brasil.

De acordo com dados do Flightradar24, o Boeing 757-200, de matrícula 00-9001, decolou dos Estados Unidos na segunda-feira (18/8), a partir da base militar de Wrightstown, em Nova Jérsei. No trajeto, realizou escalas em:

• Tampa, Flórida;
• San Juan, Porto Rico.

Autorização e status oficial

A Força Aérea Brasileira (FAB), o Itamaraty e o próprio Ministério da Defesa foram questionados sobre o propósito do voo, mas ainda não apresentaram esclarecimentos. O espaço permanece aberto para manifestação das autoridades.

Contexto

A presença de aeronaves de esquadrões de operações especiais da USAF em rotas internacionais costuma estar associada a missões de transporte de pessoal ou equipamentos estratégicos, com agendas que nem sempre são divulgadas por razões operacionais. Neste caso, a combinação de rota multietapas, identificação limitada na passagem por Porto Alegre e o vínculo do aparelho ao 150º Esquadrão de Operações Especiais ampliou o interesse público sobre a finalidade do deslocamento.