20/7/2025 REUTERS/Al Drago

Uma juíza federal em São Francisco ordenou que a administração Trump interrompa imediatamente seus esforços para demitir aproximadamente 4,1 mil funcionários federais durante a paralisação do governo dos Estados Unidos, afirmando que a medida é ilegal.

A juíza distrital dos EUA Susan Illston declarou durante uma audiência na quarta-feira (15) que estava concedendo um pedido dos sindicatos que representam os funcionários federais para uma ordem de emergência suspendendo as demissões iniciadas na última sexta-feira (10).

“A partir de agora, a ordem de restrição temporária está em vigor”, disse Illston. A ordem impede a administração de prosseguir com quaisquer demissões de membros de diversos sindicatos que processaram o governo por causa dos planos ou de emitir novos avisos de demissão para os membros desses sindicatos.

Os sindicatos, que processaram a administração no final do mês passado após autoridades anunciarem que demitiriam funcionários durante a paralisação, argumentaram que o governo está usando ilegalmente a interrupção do financiamento como justificativa para as demissões.

Illston, indicada pelo ex-presidente Bill Clinton, disse que viu evidências sugerindo que a administração “se aproveitou da interrupção nos gastos governamentais e no funcionamento do governo para presumir que todas as regras estavam suspensas, que as leis não se aplicavam mais a eles”.

Ela prosseguiu dizendo que acreditava que as demissões planejadas eram inadmissíveis, em parte, por serem “politicamente motivadas”, e apontou para declarações do presidente Donald Trump de que as autoridades estavam mirando programas e agências favorecidos pelos Democratas.

“A política que permeia o que está acontecendo está sendo anunciada em alto e bom som neste caso”, disse a juíza.

“E existem leis que regulam como podemos fazer as coisas. Incluindo leis que regulam como realizamos reduções de força”, acrescentou. “E as atividades sendo realizadas aqui são contrárias às leis”.

Com informações de CNN Brasil.

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