Coari, em posição estratégica no médio rio Solimões, é usada como corredor hidroviário para o escoamento de drogas vindas do Peru e da Colômbia

Estudo divulgado nesta quarta-feira (19) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) destaca os municípios do Rio Preto da Eva, Coari, Iranduba e Tabatinga, entre as 20 cidades mais violentas da Amazônia Legal, onde a presença de facções cresceu e chegou a quase metade das 772 cidades da região.

De acordo com o relatório do FBSP, a taxa trienal de mortes violenta no Rio Preto da Eva é 98,50 para um grupo de 20 a 50 mil habitantes. Coari aparece com 60,50, Iranduba com 59,10 e Tabatinga 57,60.

Ainda de acordo com o estudo, Rio Preto da Eva é palco de disputas entre PCC e CV ao longo de 2024. Já Coari, localizada em posição estratégica na região do médio rio Solimões, serve como um corredor hidroviário para o escoamento de drogas do Peru e da Colômbia.

Iranduba foi classificado como município que compõe a região metropolitana de Manaus, absorvendo em parte as dinâmicas de violência presentes na capital, e tem forte atuação do CV.

Localizada na tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia, Tabatinga foi avaliada como uma das mais importantes entradas de drogas no país, por sua localização estratégica devido à proximidade dos países produtores de cocaína.

Nove estados compõem a Amazônia Legal Brasileira: Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

Veja quadro das cidades mais violentas da Amazônia Legal

Esta é a 4ª edição do estudo Cartografias da Violência na Amazônia, que conta com parceria do Instituto Clima e Sociedade, do Instituto Itausa, do Instituto Mãe Crioula e do Laboratório Interpretativo Laiv.

Os municípios foram divididos em quatro escalas, conforme a quantidade de moradores que possuem:

Pequeno 1: até 20 mil habitantes;

Pequeno 2: de 20 mil a 50 mil habitantes;

Médio: de 50 mil a 100 mil habitantes;

Grande: acima de 100 mil habitantes.

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