
Um casal de advogados de São Carlos, no interior de São Paulo, foi preso na manhã desta terça-feira (17/6), durante uma operação da Polícia Civil em um condomínio de luxo da cidade. Eles são suspeitos de terem encomendado o assassinato de dois clientes, o casal de empresários José Eduardo Ometto Pavan, de 69 anos, e Rosana Ferrari, de 61 (as duas vítimas na foto de destaque), ocorrido em abril deste ano.
Na época do crime, José Eduardo, empresário do agro, e Rosana, dona de uma escola infantil, foram encontrados mortos dentro de uma caminhonete na chácara da família, em São Pedro, também no interior.
Segundo a polícia, o casal de advogados trabalhava para as vítimas e teria sido o mandante do crime, por motivos ainda não esclarecidos — questões patrimoniais estariam entre as suspeitas. Além deles, foram presos dois homens em Praia Grande, no litoral paulista, que teriam sido os executores dos homicídios.
O empresário José Eduardo era dono de um sítio voltado à produção de eucalipto e criação de gado. Ele era um dos herdeiros da família Ometto Pavan, uma das mais tradicionais do ramo açucareiro no Brasil. A família Ometto controla a Usina São Martinho, uma das maiores processadoras de cana-de-açúcar do mundo.
Os advogados foram presos pela manhã, durante cumprimento de mandados no Condomínio Damha II, em um bairro nobre de São Carlos, no âmbito da Operação Jogo Duplo, que contou com apoio de helicóptero da Polícia Civil.
Ao Metrópoles, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que policiais civis da Deic de Piracicaba prenderam quatro pessoas na manhã desta sexta-feira.
“As prisões ocorreram durante a Operação Jogo Duplo, que visou o cumprimento de mandados de busca e apreensão nas cidades de São Carlos e Praia Grande, onde os suspeitos foram localizados”, informou a pasta.
Também em nota à reportagem, 30ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de São Carlos informou estar acompanhando a diligência da Polícia Civil que resultou na prisão dos dois profissionais.
“É importante ressaltar que a OAB SP, por meio de seu Tribunal de Ética e Disciplina (TED), apura qualquer infração que chegue ao seu conhecimento, seja por representação ou por fatos divulgados em canais de comunicação”, disse a OAB. “Nesse sentido, a Secional paulista adotará as medidas de apuração cabíveis junto ao seu Tribunal de Ética e Disciplina.”