A escolha é feita pela Academia Brasileira de Cinema. O filme é, então, enviado à Academia de Artes e Ciências Cinematográficas em Hollywood. Após uma série de critérios e seleções, os 10 concorrentes finais são divulgados.
Em 17 de dezembro, a academia norte-americana vai divulgar uma lista com a pré-seleção.
“Estou orgulhosa de presidir essa comissão, que foi unânime na escolha desse grande filme sobre memória, um retrato emocionante de uma família sob a ditadura militar. ‘Ainda Estou Aqui’ é uma obra-prima, sobre o olhar de uma mulher, Eunice Paiva, e com atuações sublimes das duas Fernandas. Esse é um momento histórico para nosso cinema. Não tenho dúvida que esse filme tem grandes chances de colocar o Brasil de novo entre os melhores do mundo. Nós, da indústria do audiovisual brasileiro, merecemos isso”, disse Bárbara Paz, presidente da Comissão de Seleção.
Disputaram com Ainda Estou Aqui os filmes Cidade Campo (Juliana Rojas), Levante (Lillah Halla), Motel Destino (Karim Aïnouz), Saudade Fez Morada Aqui Dentro (Haroldo Borges) e Sem Coraçaõ (Nara Normande e Tião).
Ainda Estou Aqui foi bem no Festival Internacional de Veneza, que teve encerramento em 7 de setembro. O longa recebeu 10 minutos de aplausos do público, concorreu a Melhor Filme – perdendo para The Room Next Door, de Pedro Almodóvar –, mas foi premiado como Melhor Roteiro.
Caso seja escolhido, Ainda Estou Aqui marcará a volta de um filme brasileiro à disputa de Melhor Filme Internacional. A última vez foi Central do Brasil, em 1999. Curiosamente, o filme também é de Walter Salles.