O estado do Amazonas registrou avanços significativos no acesso à educação integral na rede pública entre 2022 e 2024, de acordo com dados do Censo Escolar divulgados pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O crescimento é atribuído a políticas federais como o programa Escola em Tempo Integral e ao trabalho conjunto entre Governo Federal, estados e municípios.

 

O levantamento revela que, nas creches do Amazonas, o percentual de crianças atendidas em jornada ampliada subiu de 13,5% em 2022 para 14,4% em 2024. Na pré-escola, o aumento foi de 1,3% para 2,2% no mesmo período.

Nos anos iniciais do ensino fundamental, que compreendem do 1º ao 5º ano, o índice de estudantes em educação integral praticamente dobrou, passando de 5,8% para 10,7%. Já nos anos finais, do 6º ao 9º ano, o percentual evoluiu de 8,4% para 11,6%.

O ensino médio também apresentou avanço, com a proporção de alunos em jornada ampliada crescendo de 13,7% em 2022 para 15,8% em 2024. Considerando todas as etapas da educação básica, o Amazonas elevou a participação de estudantes em tempo integral de 7,9% para 11% no período analisado.

Os números reforçam a tendência de expansão da educação integral no país, alinhada às metas do Plano Nacional de Educação (PNE), que prevê a ampliação progressiva do número de matrículas em tempo integral em todas as etapas de ensino.

Acesse os Resultados do Censo Escolar 2024 

Brasil – Em todo o país, entre 2022 e 2024, o percentual de dupla jornada nas creches passou de 56,8% para 59,7%. Na pré-escola, o avanço foi de 12,1% para 15,6% e, no ensino fundamental, de 14,4% em 2022 para 19,1% em 2024. O percentual do ensino médio saiu de 20,4% matrículas em 2022 para 24,2% em 2024. Considerando todas as etapas, o aumento foi de 18,2% em 2022 para 22,9% em 2024. 

Confira o infográfico sobre as matrículas na educação em tempo integral: 

Avanços – O programa Escola em Tempo Integral teve 965 mil matrículas de tempo integral declaradas no ciclo 2023-2024, para a educação básica. No segundo ciclo (2024-2025), as redes pactuaram 943 mil matrículas, que ainda estão em fase de declaração até 9 de maio. A política proporcionou crescimento de 47 pontos percentuais de entes com políticas de educação integral nos últimos anos, passando de 17% em 2022 para 64% em 2024.

“Quando a gente cria um programa como o Escola em Tempo Integral é com base nos resultados do Censo Escolar. Os avanços em relação ao tempo integral são um esforço que temos feito com um papel de indutor, de coordenador das políticas junto aos entes federados, para construirmos juntos e alcançarmos as metas e os avanços da educação básica”, afirmou o ministro Camilo Santana (Educação).

Santana também pontuou a dimensão do avanço das matrículas de tempo integral no ensino médio. “Nessa faixa, a gente praticamente atingiu a meta do PNE até 2024. Temos um novo PNE com metas mais ousadas apresentadas ao Congresso para os próximos 10 anos, mas já chegamos a praticamente 23%, quando a meta era de 25%”, lembrou.

Escola em Tempo Integral – O Programa Escola em Tempo Integral fomenta a criação de matrículas em tempo integral (igual ou superior a 7h diárias, ou 35h semanais) em todas as etapas e modalidades da educação básica. O programa incentiva a ampliação da jornada na perspectiva da educação integral e a prioriza as escolas que atendem estudantes em situação de maior vulnerabilidade socioeconômica. O Governo Federal fornece assistência técnica e financeira, considerando propostas pedagógicas alinhadas à Base Nacional Comum Curricular (BNCC). 

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