Fotos: Bruno Zanardo/Secom

Os primeiros minutos de apresentação do Boi Caprichoso foram de encher os olhos, com a chegada do levantador de toadas, Patrick Araújo, em um módulo içado por guindaste no alto do Bumbódromo, interpretando a toada “Feito de Pano e Espuma”, para emocionar a galera azulada, na noite deste domingo (26/06). A cenografia da Figura Típica Regional e Exaltação Folclórica “O Brincador de Boi – Viva a Cultura Popular” preencheu a arena para a aparição do Caprichoso, Amo do Boi, Sinhazinha da Fazenda, Porta-Estandarte e Vaqueirada.   

O espetáculo “Amazônia-Festeira: O Clamor da Cura” teve sequência com a Celebração Indígena “Amazônia: Nosso Corpo, Nosso Espírito”, conduzida pelo pajé, em um momento de marcha das mulheres na arena, em brado de luta pela terra, dizendo à violência, com reverência aos povos do Parque do Xingú, com mensagem de conservação da natureza. Na Lenda Amazônica “O Pássaro Primal e o Nascer das Aves”, que se passa no povo Kayapó, no Parque do Xingú, a vida venceu a morte com a criação da fauna de pássaros, quando guerreiros gigantes derrotaram um gavião colossal que voou sobre a arena.

Fotos: Bruno Zanardo/Secom

O Boi Caprichoso apresentou, na apoteose do projeto “Amazônia Nossa Luta em Poesia” uma das cerimônias religiosas mais emblemáticas, com alegoria confeccionada pelo artista Jucelino Ribeiro, o Ritual Indígena Yanomami Reahú – Festa da Vida-Morte-Vida, fundamentado nos contos do xamã e líder político da floresta, Davi Kopenawa. O momento de comunhão espiritual ficou marcado pela aparição surpreendente do pajé Erick Beltrão em um módulo para a última evolução na terceira noite. A nação azul e branca cantou toadas de galera nos minutos finais da apresentação.  

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