
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta nesta terça-feira (3/6) após identificar a falsificação de dois medicamentos amplamente utilizados no país: o Rybelsus, indicado para controle da diabetes tipo 2, e o Ofev, usado no tratamento de doenças pulmonares raras.
A agência determinou a interdição e apreensão de lotes específicos de ambos os fármacos, por não serem reconhecidos pelas empresas fabricantes no Brasil.
Lotes irregulares
O caso do Rybelsus envolve o lote M088499, que não foi reconhecido pela Novo Nordisk, farmacêutica responsável pelo medicamento no Brasil. O Rybelsus contém semaglutida como princípio ativo e é indicado para o controle da glicemia em adultos com diabetes tipo 2.
Já o Ofev, utilizado no tratamento da fibrose pulmonar idiopática (FPI) e da doença pulmonar intersticial associada à esclerose sistêmica (DPI-ES), foi alvo da falsificação no lote 681522. A farmacêutica Boehringer Ingelheim do Brasil também afirmou que não reconhece a numeração como parte de sua produção.
Riscos à saúde
A Anvisa alerta que medicamentos falsificados não oferecem garantias de eficácia, segurança ou composição adequada, podendo conter substâncias erradas, impurezas ou até mesmo serem totalmente inertes. O consumo dessas versões ilegítimas pode acarretar reações adversas graves, falhas terapêuticas e agravos no quadro clínico do paciente.
“Esses produtos não seguem os padrões regulatórios e podem representar sérios riscos à saúde pública”, reforçou a agência.
O que fazer em caso de suspeita
A Anvisa orienta consumidores e profissionais de saúde a adquirirem medicamentos apenas em farmácias e estabelecimentos devidamente regularizados, exigindo nota fiscal e verificando se a embalagem está lacrada e completa.
Se houver suspeita de falsificação, o uso do produto deve ser imediatamente suspenso. A recomendação é que o caso seja informado à farmacêutica responsável pelo registro do medicamento para verificação da autenticidade.
As denúncias também podem ser feitas através dos canais oficiais da Anvisa:
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Profissionais de saúde: sistema Notivisa
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Pacientes e consumidores em geral: plataforma FalaBR (Ouvidoria da Anvisa)
Com informações de IstoÉ