Reprodução/Facebook/Alumni Association, School of Medicine of Loma Linda University

O centenário nutricionista John Scharffenberg, de 101 anos, tem chamado atenção nas redes sociais e em eventos internacionais ao compartilhar o segredo que, segundo ele, lhe permitiu viver tanto tempo com vitalidade. Professor na Universidade Loma Linda, nos Estados Unidos, Scharffenberg defende que a longevidade está menos ligada à genética e mais à disciplina com hábitos saudáveis.

Apesar do histórico familiar desfavorável — sua mãe faleceu aos 60 anos, com Alzheimer, e seu pai morreu aos 76 após um ataque cardíaco —, o professor acredita que o estilo de vida ativo e regrado foi essencial para sua longevidade. “A fase mais importante da vida é dos 40 aos 70 anos. É quando muitos relaxam, comem mais, se exercitam menos. Isso é um erro”, afirmou em entrevista ao portal Today.

Abaixo, ele lista sete práticas que considera fundamentais para viver mais e melhor:

1. Evitar o cigarro

Scharffenberg nunca fumou. Ele alerta que o tabagismo é a principal causa de mortes evitáveis no mundo, afetando quase todos os órgãos e elevando o risco de doenças como câncer, problemas cardiovasculares e respiratórios. Também prejudica a fertilidade, a visão, a audição e a saúde bucal.

2. Abster-se de álcool

Contrariando a crença de que o consumo moderado de bebidas alcoólicas é benéfico, o professor nunca bebeu. Com base em estudos científicos, ele afirma que não há uma dose segura de álcool, e o consumo está ligado a diversos tipos de câncer, doenças do fígado, transtornos neurológicos e até violência doméstica e acidentes de trânsito.

3. Praticar exercícios físicos regularmente

Embora seja nutricionista, Scharffenberg diz considerar a atividade física ainda mais essencial do que a alimentação para manter a saúde. A prática constante melhora o condicionamento, reduz o risco de doenças crônicas, controla o peso e promove bem-estar mental.

4. Manter o peso ideal

Segundo ele, evitar o sobrepeso ajuda a prevenir doenças cardíacas, diabetes e até certos tipos de câncer. Scharffenberg pratica jejum intermitente, fazendo apenas duas refeições por dia: café da manhã e almoço. Ele evita o jantar, encerrando a alimentação no início da tarde.

5. Reduzir ou eliminar o consumo de carne

Vegetariano desde os 20 anos, Scharffenberg baseia sua alimentação em frutas, vegetais, grãos, leite e ovos. Entre seus alimentos favoritos estão manga, caqui, macadâmia, batatas e sementes. Dietas com menos carne têm sido associadas à redução de doenças crônicas, segundo diversos estudos.

6. Cortar o excesso de açúcar

Consumir açúcar em excesso está relacionado à obesidade, doenças cardíacas e diabetes. O centenário defende uma alimentação mais natural e caseira, com substituições saudáveis e menor consumo de refrigerantes e alimentos ultraprocessados.

7. Evitar gorduras saturadas

O nutricionista recomenda reduzir a ingestão de gorduras saturadas, que aumentam o colesterol ruim (LDL) e favorecem doenças cardiovasculares. Ele sugere priorizar gorduras boas, como as encontradas no azeite de oliva e no abacate. “A dieta ideal é a vegetariana”, resume.

Longevidade ao alcance de todos?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mudanças no estilo de vida têm poder significativo na prevenção de doenças e no aumento da expectativa de vida. E, embora a genética tenha seu papel, é a constância nos hábitos saudáveis que parece fazer a maior diferença — algo que Scharffenberg comprova, dia após dia, com vitalidade e lucidez mesmo após um século de vida.

Com informações de Metrópoles

Artigo anteriorInscrições para formação em produção cultural, com bolsa mensal de R$ 800, encerram no dia 22 de junho
Próximo artigoNapoli anuncia a contratação de Kevin de Bruyne