O conselheiro do Tribunal de Contas do Amazonas(TCE), Ari Moutinho, reagiu com indignação à decisão que o afastou temporariamente de suas funções. Segundo ele, o ato foi covarde e desumano.
Ari Moutinho foi afastado nesta quinta-feira, 26, por ato do corregedor geral substituto do TCE, conselheiro Júlio Pinheiro, por força razão de supostas ofensas assacadas contra a conselheira Yara Lins.
De acordo com nota divulgada nas redes sociais, Ari Moutinho declarou que as acusações imputadas a ele “não condizem com a realidade dos fatos” e que vê o seu afastamento como “mais um capítulo da campanha de ódio e perseguição que se instalou injustamente” contra ele no tribunal.
Ari Moutinho entende que a decisão é “desconexa e descompassada com o nosso Ordenamento Jurídico” e disse, conforme a nota, que contratou um grupo de advogados para contestar judicialmente a decisão monocrática.
“Eu, por problemas de saúde, já pedi afastamento do Tribunal. Nesta quinta-feira passei por uma cirurgia de 5 horas e ao sair da sala de cirurgia me deparei com este ato covarde e desumano. Mas não me vitimizo ou acovardo. Os enfrentarei de cabeça erguida e creio que a verdade e a justiça serão restabelecidas em breve”, afirmou o conselheiro.
O estopim da crise que ensejou o afastamento de Ari Moutinho de suas funções estão umbilicalmente ligado às ofensas direcionadas à conselheira Yara Lins dos Santos no dia 3 deste mês.
Segundo a conselheira, Ari Moutinho a teria chamado como puta, safada e traíra – termos considerado por ela inadequado e flagrantemente ofensivo ao Código de Ética do tribunal.
Nota na íntegra
Recebo com irresignação a notícia de decisão de afastamento de minhas atividades.
Ressalto que a decisão que decidiu meu afastamento é desconexa e descompassada com o nosso Ordenamento Jurídico.
As acusações apontadas não condizem com a realidade dos fatos e só posso observar tudo isso como mais um capítulo da campanha de ódio e perseguição que se instalou injustamente contra a minha pessoa.
Eu, por problemas de saúde, já pedi afastamento do Tribunal. Nesta quinta-feira passei por uma cirurgia de 5 horas e ao sair da sala de cirurgia me deparei com este ato covarde e desumano. Mas não me vitimizo ou acovardo. Os enfrentarei de cabeça erguida e creio que a verdade e a justiça serão restabelecidas em breve.
A decisão comporta reparo judicial imediato, de forma que já constitui os advogados Drs. Jorge Ulisses Jacoby Fernandes, Alberto Simonetti Cabral Neto e Amanda G. Praia para tal fim.
Ari Jorge Moutinho da Costa Junior
Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas