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Com direção de Cleinaldo Marinho, o filme “Ária – Fazendo a Vida Viver” ganhará sua avant-première no dia 18 de fevereiro, às 20h, no Teatro Amazonas, localizado no Largo São Sebastião, Centro de Manaus. A produção é baseada na história de Ária Paraense Ramos, de 18 anos, que foi assassinada em um baile de carnaval no Ideal Clube, no dia 17 de fevereiro de 1915.

O filme teve origem a partir do interesse do diretor durante seu primeiro contato com a história de Ária Ramos, em uma roda de conversas com amigos artistas, no início dos anos 2000. De lá para cá, Marinho foi, cada vez mais, tendo acesso a relatos sobre a época e, em 2007, finalizou o roteiro. Nele, ele busca reviver essa memória popular e como ela se transformou ao longo dos anos, proporcionando uma percepção do quanto ela foi se tornando emblemática diante da personagem.

“Queríamos mostrar o contexto no qual a Ária estava inserida, já que ela nasceu em 12 de agosto de 1896, quatro meses antes do Teatro Amazonas ser inaugurado, no auge do Ciclo da Borracha, e morreu em seu declínio. Então, esse momento foi crível e crucial para que o filme acontecesse. Uma artista que não se rendia aos preconceitos e regras daquela época”, comenta Marinho, salientando que a produção trata da vida e suas divergências humanas.

Protagonismo

Protagonizado pela atriz Bruna Pollari, que faz sua estreia no cinema, a cidade de Manaus também se torna protagonista diante da relevância histórica do período da Belle Époque. As gravações foram concluídas em junho de 2024.

“A avant-première será um momento único e especial, no qual teremos a oportunidade de celebrar o talento e a criatividade de nossos artistas, técnicos e produtores, reconhecendo a relevância de seus trabalhos na arte cinematográfica. Além disso, será um tributo à rica memória popular de nossa cidade e à força da produção cultural da Amazônia, expressa por meio da arte do cinema. Será também uma oportunidade para refletirmos sobre a importância de preservar e promover a cultura da nossa região, ressaltando a diversidade e a riqueza humana de nosso povo, e ampliando o alcance das nossas histórias e narrativas para o mundo”, destaca Marinho.

Além de Bruna, estão no elenco: Gabriel Mota, Rosana Neves, Jôce Mendes, Leonardo Novelino, Michel Guerrero, Vanessa Pimentel, Ariadna Mendes, Marcia Vinagre, Valderes Souza e Agrippa Luz. Ao todo, foram gerados mais de 180 empregos diretos e indiretos – entre elenco principal, figurantes, direção, fotografia, figurinistas, arte, transporte, sonorização.

“Poder estrear esse filme um dia após a data da morte da Ária, além de mantermos viva sua memória, sua história, também oferecemos para Manaus, para o Amazonas, uma obra cinematográfica com densidade artística universal e valorização da vida das mulheres que lutam dia a dia para viverem de acordo com seus próprios termos. Ele foi produzido com muito respeito, carinho e profissionalismo”, finaliza o diretor.

Esse projeto cinematográfico foi contemplado pela Lei Paulo Gustavo, e tem o apoio do Governo do Amazonas, Conselho Estadual de Cultura, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, Ministério da Cultura e Governo Federal e produzida pela CM ArteCultura&Produções.

Sinopse

Ária, emblemática artista, jovem de 18 anos e dona de talento inegável, é símbolo da vanguarda e da ousadia na Manaus do início do Século 20, quando o Ciclo da Borracha experimentava o declínio. Com sua graça e arte, ela encantava a sociedade do Amazonas.

No Carnaval de 1915, é eleita Rainha do Corso Paladinos da Galhofa e, durante o baile à fantasia, enquanto toca seu violino, torna-se vítima de feminicídio. Os jornais publicam que se trata de um “tiro de amor” que a atinge. Em meio a uma mistura de ciúmes, juventude e Carnaval, os responsáveis não recebem a punição legal. Conforme a cultura popular de Manaus, eles são punidos pela justiça humana.

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