“Venho aqui comunicar as primeiras ações sugeridas pelo GT criado no início de abril. A Petrobras vai disponibilizar um serviço de atendimento psicológico 24h para acolhimento e orientação às vítimas, além de implementar diversas melhorias no procedimento de recebimento e tratamento de denúncias”, disse Jean Paul Prates.
De acordo com o presidente da estatal, essas medidas são de início imediato, mas há outras de médio e longo prazo. Além disso, vamos trabalhar em campanhas de conscientização. Este aprendizado vai ser importante também no combate a outros tipos de violência como assédio moral”, declarou.
Apuração
No site da Petrobras, há um detalhamento sobre as ações de melhoria no recebimento das denúncias, que ocorrem principalmente contra as mulheres. Haverá alterações, como a redução no prazo para conclusão da apuração, para evitar a ocorrência de casos e dar mais agilidade e confiabilidade à apuração das denúncias, tornando mais efetiva a aplicação de consequências, nos casos confirmados.
“Com essas melhorias, damos mais um importante passo na construção de uma Petrobras livre de violência sexual e baseada na cultura do respeito mútuo”, afirmou Daniele Lomba, gerente executiva da área de Segurança, Meio Ambiente e Saúde, e coordenadora do Grupo de Trabalho.
A partir de agora, o prazo para conclusão da apuração de denúncias de assédio e importunação sexual passará a ser de 60 dias. Antes, o prazo era de até 180 dias. A apuração será centralizada no setor de Integridade Corporativa.
Apesar da mudança na postura da estatal sobre assédios sexual e moral, tanto as declarações de Prates quanto o texto disponibilizado à imprensa não citaram as consequências que serão adotadas contra os assediadores da companhia. O Metrópoles questionou a assessoria da empresa e aguarda um retorno.