O líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB/AM), lamentou ontem à noite, no plenário da Casa, o fato de a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 103/2012, conhecida como PEC do Comércio Eletrônico, ainda não ter sido votada pela Câmara dos Deputados, um ano e meio depois de ser aprovada pelos senadores. Ele enfatizou que a proposta pode dar importante ajuda nas finanças dos estados, com aumento de arrecadação. Só para o Amazonas, a mudança possibilitará o recolhimento de cerca de R$ 150 milhões por ano com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços em compras feitas pela Internet.

Atualmente, somente os estados de onde saem mercadorias vendidas pela internet recolhem o ICMS incidente sobre a operação. Isso resulta em benefícios para poucos estados, a maioria da região Sudeste. Com a aprovação da PEC, os estados de destino das mercadorias passam a compartilhar o imposto.

“Depois de muita negociação e do acordo fechado aqui nesta Casa, já vai fazer dois anos que nós estamos com esse processo paralisado na Câmara dos Deputados, e os estados sendo penalizados, porque não há o compartilhamento do ICMS na venda do comércio eletrônico e da venda não presencial pela internet”, disse.

Além de Braga, outros senadores reclamaram da demora na votação da PEC pelos deputados. Pra ser promulgada, a proposta precisa ser aprovada em dois turnos na Casa. A crítica iniciou porque os senadores querem iniciar a votação de projetos que tratem da mudança do indexador da dívida dos estados.

“Não é justo votarmos mais essa conquista a alguns estados e a toda a nação brasileira, e não vermos a Câmara dos Deputados votar o ICMS do comércio eletrônico. É, sinceramente, algo que não dá para admitir, enquanto representante do povo brasileiro no Senado da República”, ressaltou Braga.

Artigo anteriorSEMED disponibiliza nova ferramenta pedagógica às creches
Próximo artigoVereadores contarão com ajuda de técnicos da SEMEF para elaborar emendas ao Orçamento