Brasileira morre em trilha no Monte Rinjani, na Indonésia: família denuncia negligência no resgate

Linha do tempo da tragédia

• Sábado (21/6): Juliana inicia a trilha e sofre a queda por volta das 4h. Imagens feitas às 6h08 mostram a lanterna de seu capacete acesa. Um vídeo gravado pelo guia é enviado ao chefe da equipe, mas o resgate só é mobilizado às 8h30.

• Domingo (22/6): Condições climáticas ruins (neblina intensa) impedem a continuidade das buscas. O Itamaraty informa que acompanha o caso.

• Segunda-feira (23/6): Juliana é localizada imóvel, por um drone, a 400 metros da borda do penhasco.

• Terça-feira (24/6): Corpo é finalmente localizado a 600 metros de profundidade.

• Quarta-feira (25/6): Corpo é retirado por cordas, pois o helicóptero não pôde operar. Laudo aponta smorte por hemorragia interna, entre 12 e 24 horas antes da remoção.

 Denúncias de negligência

O pai da jovem, Manoel Marins, afirmou que o guia abandonou Juliana por cerca de 40 minutos para fumar e tentou o resgate de forma improvisada, com uma corda amarrada à própria cintura, sem segurança.

Segundo a família:

• A empresa de turismo vendeu a trilha como fácil;

• A administração do parque demorou para acionar a Defesa Civil da Indonésia (Basarnas);

• A trilha onde o acidente ocorreu foi temporariamente interditada e reaberta neste sábado (28/6).

Busca por justiça

A família promete acionar as autoridades locais e internacionais. “O culpado maior é o coordenador do parque, por demorar a agir. Depois o guia, e a empresa que vende os passeios de forma irresponsável”, declarou Manoel Marins.

 Homenagem e traslado

A Prefeitura de Niterói (RJ), cidade natal de Juliana, prestou homenagem à jovem ao nomear um mirante com seu nome. O governo municipal também custeará o traslado do corpo, cuja data ainda será definida.