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Em declaração conjunta divulgada neste domingo (6/7), os líderes do Brics — grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul e outros seis países — condenaram os ataques militares de Israel contra o Irã, classificando-os como uma violação do direito internacional e da Carta das Nações Unidas. A manifestação ocorreu após a primeira reunião de chefes de Estado da nova formação ampliada do bloco, no Rio de Janeiro.

Apesar do envolvimento dos Estados Unidos no conflito, a declaração evitou citar diretamente o país governado por Donald Trump.

“Condenamos os ataques militares contra a República Islâmica do Irã desde 13 de junho de 2025, que constituem uma violação do direito internacional e da Carta das Nações Unidas”, diz o documento.

Reforma da ONU e Conselho de Segurança

Sob a liderança do Brasil, o Brics reiterou a defesa por uma reforma abrangente da Organização das Nações Unidas (ONU), com foco especial na ampliação do Conselho de Segurança. O Brasil e a Índia, ambos membros do bloco, pleiteiam assentos permanentes no colegiado, alegando que sua atual composição está paralisada diante de crises globais, como os conflitos no Oriente Médio.

Faixa de Gaza

O Brics também se posicionou de forma firme quanto ao conflito na Faixa de Gaza, exigindo:

  • Cessar-fogo imediato, permanente e incondicional;

  • Retirada completa das forças israelenses do território palestino.

“Exortamos as partes a se engajarem, de boa-fé, em novas negociações com vistas à obtenção de um cessar-fogo”, diz o trecho da declaração.

Críticas ao protecionismo econômico

O grupo criticou indiretamente os Estados Unidos por políticas protecionistas, como o aumento de tarifas comerciais, sem mencionar o país diretamente.

“A proliferação de ações restritivas ao comércio […] ameaça reduzir ainda mais o comércio global, interromper cadeias de suprimento e agravar as disparidades econômicas”, alerta o texto.

Avanços e cooperação tecnológica

A cúpula aprovou a entrada da Indonésia como novo membro do Brics e reconheceu Cuba, Nigéria, Cazaquistão e Vietnã como novos parceiros comerciais estratégicos.

Também foram destacados compromissos em:

  • Regulamentação ética e internacional da Inteligência Artificial;

  • Desenvolvimento conjunto de tecnologias emergentes, como 5G, robótica e exploração espacial.

Com informações de IstoÉ

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