Uma imagem de julho deste ano registrou um artefato fixado em um drone sobre comunidades na zona norte do Rio de Janeiro. Tratava-se de um explosivo usado por traficantes da Favela do Quitungo, com o objetivo de atacar a facção rival no Complexo de Israel.
A ação guardava semelhanças, embora com menos precisão, com uma tática aplicada por exércitos da Ucrânia, segundo informações do Fantástico, da TV Globo. O objetivo, mostra a investigação da PF, é aperfeiçoar os métodos de disputa com outros criminosos.
Uma interceptação da PF registrou a fala de um criminoso com um militar da Marinha. “Nós precisamos comprar o dispensador, chefe. É um dispositivo que bota no drone, que ele libera a granada, entendeu? Sendo que vem um cabinho segurando no pino, né? Bota o pino no drone e a granada nesse dispositivo”, diz trecho da conversa.
“Demorou”
A pessoa que fala com o militar, conforme a PF, é Edgar Alves de Andrade, o Doca, identificado como um dos chefes do Comando Vermelho. “Demorou. Só vê a granada que nós coloca. Já é, vamos fazer o teste”, afirma Doca.
O militar, diz a investigação, teria, inclusive, condição de comando dentro da facção, pois monitorava o deslocamento de inimigos. As ordens que Rian distribuía era para cobrar ação por parte dos membros da organização criminosa a que servia.
Rian teve um curso de especialização pago pelo Estado. Ele passou por um rigoroso curso para mergulhadores, e estava matriculado em outra formação particular para tiros precisos de longa distância. Com informações de Metrópoles.