
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, enfrentou duros ataques durante sua participação na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, realizada nesta quarta-feira (2). Os ataques, um mês após ter abandonado audiência no Senado pelas mesmas razões.
Entre os deputados que disparam contra a Marina Silva, à exemplo de Evair Vieira de Melo (PP-ES) que a comparou a grupos reacionários do Oriente Médio, como o Hamas e o Hezbollah, destaca-se o parlamentar amazonense, Capitão Alberto Neto (PL-AM).
No calor das seguidas intervenções, Alberto Neto elevou o tom ao chamar a ministra de “uma vergonha”. O parlamentar ainda acusou o secretário-executivo da pasta, João Paulo Capobianco, de atuar em conluio com interesses privados, sem apresentar evidências.
“A senhora não tem nada a falar de verdades”, afirmou o parlamentar.
Marina Silva reagiu fazendo um desagravo público ao Ibama, frequentemente atacado por setores do agronegócio e do garimpo ilegal:
“Feito o desagravo ao Ibama… Primeiro, o desmatamento caiu, não é verdade que aumentou. Segundo, não tenho culpa que vocês não reconhecem a mudança do clima. O Ibama é uma instituição altamente respeitada, que faz o seu trabalho mesmo sob ameaça de criminosos”, respondeu Marina
Marina Silva foi interrompida várias vezes por parlamentares do Partido Liberal (PL) enquanto se manifestava sobre os resultados da política ambiental, que incluem uma redução de 46% no desmatamento na Amazônia, a ministra.
Durante a sessão, o deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES) comparou a figura da ministra a grupos reacionários do Oriente Médio, como o Hamas e o Hezbollah.
“Esse modus operandi da ministra não é algo isolado, não é dela, de um pequeno grupo, é uma conspiração global. Essa estratégia dela é a mesma usada pelas FARCs colombianas, a mesma estrutura que o Hamas e o Hezbollah usam”, afirmou, antes de ser interrompido por colegas presentes na sessão.