A Operação Fogo Amigo foi deflagrada em maio deste ano pela PF e o Ministério Público da Bahia (MPBA) para desarticular uma organização criminosa formada por diversos policiais militares do estado e de Pernambuco, colecionadores, atiradores e caçadores (CACs), além de lojistas.
O novo mandado de prisão preventiva contra o capitão Mauro Grunfeld foi decretado na quinta-feira (25/7), por meio de liminar proferida pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA). A determinação acatou medida cautelar do MP contra decisão de primeira instância que concedeu liberdade provisória com a imposição de medidas cautelares diversas ao policial.
A Justiça, ao analisar o recurso, entendeu que as circunstâncias que levaram à prisão preventiva inicial não haviam mudado, justificando assim a necessidade de mantê-lo detido para garantir a ordem pública.
Mauro Grunfeld foi denunciado em 7 de junho de 2024 pelos crimes de organização criminosa armada e comercialização ilegal de armas de fogo, inclusive de uso restrito. As investigações revelaram um sofisticado esquema de mercado clandestino, no qual o policial e outros integrantes da quadrilha obtinham munições ilegalmente, adquirindo armas de fogo “frias” e vendendo-as por intermediários. Esse modus operandi permitia que facções criminosas na Bahia fossem abastecidas com armas e munições.
Durante a Operação Fogo Amigo, que levou à prisão do PM, foi apreendida uma arma de fogo registrada em nome de terceiro, uma grande quantidade de munições de diversos calibres e documentos de transporte de mercadorias, evidenciando seu envolvimento no comércio ilegal.
Fogo Amigo
Em 21 de maio de 2024, a operação cumpriu 20 mandados de prisão preventiva e 33 de busca e apreensão contra agentes de segurança pública, caçadores, atiradores e colecionadores (CACs), empresários e lojas de comercialização de armas de fogo, munições e acessórios que, segundo as investigações, formam a organização criminosa e estão envolvidos no esquema.
Os mandados foram cumpridos nos municípios de Juazeiro, Salvador e Santo Antônio de Jesus. A Justiça determinou ainda o sequestro de bens e bloqueio de valores de até R$ 10 milhões dos investigados, além da suspensão da atividade econômica de três lojas que comercializavam material bélico de forma irregular. Com informações da coluna Na Mira, do site Metrópoles.