A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, em entrevista concedida à diretora da Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner), Regina Bucco, declarou que o fenômeno da estiagem nos rios do Amazonas é um problema relevante para a realização das eleições, mas não um obstáculo intransponível que inviabilize a sua realização.

Segundo a ministra, com o apoio das Forças Armadas as urnas e mesários vão chegar ao local da votação permitindo a todos a depositarem o voto nas urnas independentemente da cor partidária e ideológica de cada eleitor.

Cármen Lúcia afirmou que as Forças Armadas já estão mobilizadas e com planejamento de logística em execução para que até o dia seis de outubro não haja solução de continuidade.

“A eleição é sempre algo muito festivo. Então eu só não quero que algum cidadão,  brasileiro agora fique isolado pelo fenômeno  da natureza”, destacou.

De acordo com a ministra, o Rio Solimões em um mesmo mês e meio saiu de 9 metros para  pouco menos de 8 metros menos. “Em 15  dias ele desceu de 7m pra 5m. Em uma semana baixou para 4 metros e agora ele está com menos de 6 metros”, explica.  “Até 6 de outubro isto pode piorar”, conclui.

Cármen Lúcia disse, ainda, que trabalha para que nenhum eleitor ou eleitora tenha outra vez que ficar em isolamento porque ele tem o direito de chegar a urna e chegar alegremente, sem drama, sem raiva. “Este é o desafio que eu tenho hoje”.

Além das Forças Armadas Brasileiras, a presidente do TSE conta com o apoio da  Agência Nacional de Águas da ANA, Agência Nacional de Telecomunicações e do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas na empreitada de levar todo suporte necessário para que as eleições sejam realizadas mesmo nas comunidades mais castigadas pela seca dos rios.

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