Além dos pertences, os criminosos obrigavam as vítimas, sob grave ameaça, a realizar transferências bancárias. Em casos nos quais o saldo da conta era alto, a vítima era mantida refém durante toda a madrugada, para que os golpistas pudessem contornar os limites de transferência noturna e esvaziar a conta pela manhã.
Cadeia criminosa organizada
Segundo a PCDF, o grupo era bem estruturado, alguns integrantes atraíam as vítimas, outros executavam os crimes, e parte da quadrilha se encarregava de movimentar os valores ou revender os objetos roubados. Em ao menos duas situações, veículos levados durante os assaltos foram utilizados em outros crimes antes de serem abandonados.
Ainda de acordo com a corporação, entre novembro de 2024 e junho de 2025, 36 vítimas formalizaram denúncias, mas a polícia acredita que o número real seja superior, devido ao medo ou constrangimento das vítimas em registrar a ocorrência.
Os suspeitos irão responder por organização criminosa, extorsão qualificada e roubo agravado, com uso de arma de fogo e restrição de liberdade. Somadas, as penas podem ultrapassar 40 anos de prisão.
A operação contou com apoio da Divisão de Operações Especiais (DOE), Divisão de Operações Aéreas (DOA) e da Seção de Operações com Cães (SOC/DOE) da PCDF.
“A PCDF reitera o compromisso com a proteção da população LGBTQIAPN+ e reforça a importância de denúncias para impedir a continuidade desse tipo de crime”, destacou a corporação por meio de nota. Com informações de Mirelle Pinheiro, do Metrópoles.