Como parte das ações em alusão ao Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho, o município de Autazes (AM) recebeu uma ação de reflorestamento com o plantio de 814 mudas nativas da Amazônia. A iniciativa ocorre na Vila de Urucurituba e é fruto da articulação entre o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), o Conselho Indígena Mura (CIM), a empresa Potássio do Brasil e a startup de monitoramento ambiental Tree Earth.

A atividade representa a primeira etapa do compromisso ambiental assumido pelo IBRAM para compensar as emissões geradas durante a Exposibram 2024 — um dos principais eventos do setor de mineração da América Latina, realizado no ano passado. Segundo o instituto, o plantio visa neutralizar 253,66 toneladas de dióxido de carbono equivalente (CO₂e), conforme previsto no Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa elaborado após o congresso.

A cerimônia de abertura contou com a presença de lideranças comunitárias, representantes do povo Mura e dirigentes das entidades envolvidas. Nove famílias locais participaram ativamente do plantio, sendo remuneradas por cada muda cultivada. As espécies escolhidas, como cacau, cupuaçu, açaí, andiroba-lisa, jutairana e abiu, são todas produzidas no viveiro da própria Potássio do Brasil, localizado na região.

“Essa compensação não é apenas um gesto simbólico, mas uma responsabilidade que precisa ser incorporada por todo o setor produtivo”, afirmou Raul Jungmann, presidente do IBRAM. Segundo ele, a iniciativa está alinhada à Agenda ESG da Mineração do Brasil, que busca consolidar práticas mais sustentáveis, éticas e seguras para o setor.

Adriano Espeschit, presidente da Potássio do Brasil, destacou o papel estratégico da empresa na promoção da sustentabilidade local. “Além de implantarmos o maior projeto de produção de potássio do país, mantemos um viveiro que há anos fornece mudas nativas à região. Temos orgulho de contribuir com o CIM e com o IBRAM nesse esforço conjunto”, declarou.

Para o coordenador-geral do Conselho Indígena Mura, Kleber Mura, o projeto reforça o protagonismo das comunidades indígenas na preservação do território amazônico. “É uma ação conjunta que mostra como é possível viver em harmonia com o meio ambiente e unir forças entre indígenas e não indígenas em prol da sustentabilidade”, disse.

A tecnologia empregada pela Tree Earth garante o monitoramento contínuo das árvores plantadas. Cada muda é georreferenciada e fotografada por meio de um aplicativo que registra as informações em blockchain, oferecendo rastreabilidade e transparência em tempo real. A ferramenta ainda permite a emissão de certificados digitais e relatórios para empresas interessadas em acompanhar o desempenho ambiental de suas ações.

“Nosso objetivo é transformar cada árvore plantada em um elo de confiança entre comunidades e empresas”, explicou o CEO da startup, Vicente Tino.

O plantio em Autazes continua nos próximos dias, ampliando os benefícios ambientais e sociais do projeto para a região do Médio Amazonas.

Artigo anteriorEquador x Brasil: veja escalações na estreia de Ancelotti
Próximo artigoEquador x Brasil: veja prováveis escalações e onde assistir ao duelo pelas Eliminatórias