
O governador Wilson Lima lançou, nesta terça-feira (29/07), no Teatro Amazonas, em Manaus, a 27ª edição do Festival de Cirandas de Manacapuru, um dos maiores eventos culturais do estado. A edição de 2025 contará com um investimento histórico de R$ 7,6 milhões do Governo do Amazonas, com expectativa de atrair mais de 70 mil pessoas, gerar mil empregos diretos e indiretos e movimentar cerca de R$ 5 milhões na economia do município.
Durante a cerimônia de lançamento, o governador destacou o papel do festival na valorização da cultura local e na dinamização da economia criativa. “Estamos lançando esse festival no maior símbolo da cultura amazonense, o Teatro Amazonas, para reafirmar a importância dessa manifestação artística que gera renda e movimenta vários setores da economia local”, disse Wilson Lima.
Reconhecido como o segundo maior festival folclórico do Amazonas, o Festival de Cirandas será realizado nos dias 29, 30 e 31 de agosto de 2025, no Parque do Ingá, o tradicional Cirandódromo de Manacapuru, a 68 quilômetros de Manaus.
Patrimônio imaterial
O evento também marca o início da temporada de cirandas no estado e celebra o reconhecimento do festival como patrimônio cultural imaterial do Amazonas. A solenidade contou com a presença da prefeita de Manacapuru, Valciléia Maciel; do deputado estadual Cristiano D’Angelo; de representantes da Secretaria de Cultura; e das diretorias das três agremiações: Guerreiros Mura, Tradicional e Flor Matizada.
Investimento direto nos grupos e na infraestrutura
Dos R$ 7,6 milhões investidos, R$ 3,6 milhões foram destinados diretamente às três agremiações — R$ 1,2 milhão para cada uma, representando um acréscimo de R$ 200 mil por grupo em relação a 2024. Outros R$ 4 milhões estão sendo aplicados na manutenção e modernização do Cirandódromo, com melhorias na iluminação, arquibancadas, bastidores, camarins, acessibilidade e segurança.
Desde 2019, o Governo do Amazonas já destinou mais de R$ 35,5 milhões ao festival. A expectativa é que a edição de 2025 dobre o público de 2024, que foi de cerca de 30 mil pessoas.
Impacto econômico e social
Além de movimentar setores como comércio, hospedagem, alimentação e turismo, o festival impulsiona a produção de artesanato e o trabalho de profissionais da cultura. Mais de 3 mil artistas participam diretamente das apresentações.
Para os representantes das cirandas, o apoio do governo tem sido fundamental para o crescimento do evento. “Com esse investimento, a gente vê as costureiras felizes, os mototaxistas ganhando dinheiro”, afirmou Alexandre Queiroz, presidente da Flor Matizada. Thiago Cavalcante, da Ciranda Tradicional, destacou a inclusão de jovens artistas. Já Renato Peres, da Guerreiros Mura, projetou que o impacto econômico do festival pode triplicar.
Temas das apresentações
As três cirandas já divulgaram seus temas para a disputa de 2025. A Guerreiros Mura, atual campeã, apresentará “Estiagem e Alagação: O Segredo das Águas”. A Flor Matizada levará o tema “Amazônia: Sonho e Luta Cirandeira”. Já a Ciranda Tradicional defenderá “Sapucai’Ay: O grito que vem das águas”. Cada noite do festival terá a apresentação de uma agremiação, em busca do título.










