
Na madrugada desta terça-feira (20), as equipes de resgate localizaram os corpos de duas vítimas que estavam desaparecidas desde o naufrágio de uma draga, ocorrido no domingo (18), entre os municípios de Jutaí e Fonte Boa, no Amazonas. Com a descoberta dos corpos, sobe para cinco o número de mortos no trágico acidente.
As vítimas foram identificadas como Dilucinei Araújo da Silva, conhecida como “Diluka”, que trabalhava na embarcação e também era professora, e um homem identificado apenas como Hamilton. Ambos foram encontrados nas primeiras horas da manhã pela Defesa Civil de Jutaí, que estava à frente das operações de busca.
Dilucinei Araújo da Silva, ou “Diluka”, recebeu uma homenagem póstuma da Secretaria Municipal de Educação de Jutaí, que emitiu uma nota de pesar pelo falecimento da funcionária. Os corpos das duas vítimas foram sepultados no Cemitério de São José, em Jutaí, ainda nesta terça-feira.
Circunstâncias do Acidente
O naufrágio aconteceu na madrugada do último domingo (18), quando a draga, que transportava oito pessoas, colidiu com um tronco submerso, provocando um buraco na embarcação que resultou em seu afundamento. De acordo com Arthur, o único sobrevivente do incidente, o grupo estava dormindo no momento da colisão. Apenas três pessoas conseguiram sobreviver ao acidente.
Entre os mortos estão três garimpeiros, identificados como Odacildo Soares Oliveira, de 30 anos; Darcy Wanildo Braga de Souza, de 31 anos; e Odair João Carvalho Mota, de 47 anos. Arthur relatou que o barco rebocador colidiu com o tronco por volta das 5h, o que causou o buraco que levou a draga ao naufrágio.
Operações de Resgate e Investigação
As buscas, realizadas por familiares, amigos, Defesa Civil, Guarda Municipal, Samu, e moradores locais, foram encerradas com o resgate dos corpos das duas últimas vítimas. A Marinha do Brasil também enviou equipes da Agência Fluvial de Tefé para auxiliar nas operações. Um inquérito foi instaurado pela Marinha para investigar as causas do naufrágio.
A Polícia Civil do Amazonas acompanha o caso e informou que a investigação das mortes dependerá do relatório da Marinha, que poderá determinar se houve circunstâncias criminais como homicídio, lesões corporais ou afogamentos que necessitem de uma investigação mais aprofundada.
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