
A “creator economy”, ou economia dos criadores de conteúdo digital, tornou-se um pilar fundamental para as estratégias de negócios e para a construção de confiança entre marcas e público. Longe de ser um mero marketing de nicho, o setor movimenta atualmente US$ 250 bilhões e projeta alcançar US$ 480 bilhões até 2027, segundo análise do Goldman Sachs.
Keiko Mori, Head of Creative Product Marketing no TikTok, destacou em um painel na conferência MBA Brasil, sediada no Massachusetts Institute of Technology (MIT), em Boston, que o mercado vive uma “transição e uma transformação que a gente nunca viu antes”. Ela observou a mudança de paradigma: “A gente vem de um mercado, pensando em 20, 25 anos atrás, onde as marcas falavam sobre marcas e construíam a própria reputação. Hoje são pessoas falando sobre marcas”.
Profissionalização e Desafios da Influência Digital
Apesar do crescimento, a profissionalização é crucial, como ressaltou a influenciadora Mica Rocha. Fundadora das marcas de semijoias Misha (com 8 lojas físicas) e athleisure Open Era (com 3 lojas), além das vendas online, Mica enfatiza que a “creator economy” não garante sucesso automático. “O marketing de influência, a creator economy, é muito legal, mas não quer dizer que você vai dar certo. Não te garante faturamento, mesmo com uma audiência que te ame, que goste de você. Fui estudar e comecei a entender de economia, finanças, comecei a entender sobre imagem, lucro, faturamento, abertura de loja, expansão. É um trabalho intenso”, disse.
A conferência MBA Brasil reuniu cerca de 300 jovens profissionais brasileiros que cursam MBA em instituições americanas, promovendo a conexão com empresas e negócios no Brasil. Entre os palestrantes, figuraram nomes de peso como Luiza Trajano (Magazine Luiza), Joaquim Levy (ex-Ministro da Fazenda) e Bruno Lasansky (Localiza&CO).
Gabriela Barbosa, copresidente da MBA Brasil, explicou que um dos objetivos é “conectar os alunos com oportunidades de gerar impacto no Brasil”. A iniciativa busca combater a “evasão de talento” e gerar “mais desenvolvimento socioeconômico no Brasil”.
Com informações de Veja










