Com o intuito de analisar o cenário político atual do Amazonas e promover uma discussão sobre a importância do voto na democracia, o projeto de extensão universitária “Sexta Etnográfica”, do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Amazonas (PPGAS/Ufam), em parceria com o Movimento dos Estudantes Indígenas do Amazonas, organizará um debate intitulado “As eleições municipais de 2024 e as perspectivas contracoloniais possíveis”. O evento, que também incluirá uma formação política chamada “Os caminhos para o voto consciente”, acontecerá nesta sexta-feira, 27 de setembro, às 14h, no auditório do PPGAS, no Minicampus da Ufam.
O debate contará com a participação de especialistas em diversas áreas. A professora Marinilde Verçosa, do Departamento de Economia e Análise da Faculdade de Estudos Sociais (FES/Ufam) e coordenadora do Laboratório de Economia Política e Cultura, discutirá as “Perspectivas contracoloniais possíveis nas eleições municipais”, ao lado de Ludimar Kokama, coordenador-tesoureiro da Coordenação dos Povos Indígenas de Manaus e Entorno (Comipe) e membro do Conselho de Cultura Indígena (Conec).
Já o advogado Carlos Santiago, presidente da Comissão de Reforma Política da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Amazonas (OAB/AM) e coordenador do Comitê Amazonas de Combate à Corrupção, oferecerá uma análise da conjuntura política do Estado e conduzirá o curso “Os caminhos do voto consciente nas eleições de 2024”.
Reflexão sobre a política indígena nas eleições
O evento busca fomentar uma reflexão crítica sobre as “Perspectivas contracoloniais nas eleições municipais”, proporcionando uma oportunidade de observar como os povos indígenas do Amazonas estão mobilizando suas pautas políticas e ampliando sua participação no cenário político local. Segundo as coordenadoras do projeto Sexta Etnográfica, Rafaele Queiroz e Lucillany Carneiro, o debate é uma chance de examinar como as candidaturas indígenas influenciam as decisões políticas e como esses movimentos desafiam a lógica colonial.
“As movimentações políticas indígenas oferecem um olhar renovador sobre a participação nas eleições municipais, destacando a luta por direitos, representatividade e o fortalecimento de agendas que confrontam a lógica colonial, promovendo uma atuação mais inclusiva e plural nas tomadas de decisões”, ressaltaram as coordenadoras.
Sobre o projeto Sexta Etnográfica
A Sexta Etnográfica é um projeto de extensão coordenado por estudantes do PPGAS/Ufam, que visa proporcionar debates acadêmicos e reflexões sociais a partir de temas relevantes para a comunidade, especialmente no contexto da antropologia social e da política.