Delegados da Polícia Federal (PF) decidiram fazer representações contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) e o senador Marcos Do Val (Podemos) às comissões de ética da Câmara e do Senado por quebra do decoro parlamentar. O motivo é o descontentamento dos trabalhadores com afirmações dos parlamentares que colocam em xeque a integridade da categoria.

A medida foi decidida em assembleia nessa segunda-feira (5/8) e será protocolada por meio da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF). Eduardo Bolsonaro também deve ser acionado por danos morais.

Em um dos episódios que irou os delegados, o deputado se referiu à Polícia Federal como “cachorrinhos de Moraes”, em referência ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

O senador Marcos do Val será alvo de uma notícia-crime que será encaminhada ao diretor-geral da PF e à Procuradoria-Geral da República. Desde julho, o parlamentar tem usado as redes sociais para realizar ataques. Ele tem mirado o delegado federal Fábio Alvarez Shor, que é o responsável por investigações da Polícia Federal em casos que também estão sob a relatoria de Moraes.

Nas redes sociais, do Val já utilizou cartazes com fotos de delegados com a expressão “procurado” e também já usou termos pejorativos, conforme a ADPF, contra os policiais, a quem atribuiu o predicado de “capataz”.

“A ADPF tem um longo histórico na defesa das prerrogativas funcionais dos delegados federais. Tornou-se mais que necessário dar uma resposta contra os ataques desenfreados e infundados contra a PF e os Delegados Federais”, afirmou o presidente da associação, Luciano Leiro, em um comunicado à imprensa. Com informações de Metrópoles.

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