Egmar Curubinha (no detalhe) foi eleito, mas poderá perder o mandato (Montagem Fato Amazônico)

A Polícia Federal (PF) está investigando em São Gabriel da Cachoeira esquema de distribuição irregular de combustíveis supostamente usado para influenciar o resultado das eleições no município.

O esquema envolve Egmar Velasques Saldanha, conhecido como Egmar Curubinha (PT), eleito prefeito da cidade. O suposto esquema pode resultar em Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) e até mesmo em Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME) contra o candidato vencedor.

Dois dias antes da eleição, a Polícia Federal prendeu Abud de Paula Atem, proprietário do Posto Aiubinho II, e sua esposa, Nelcilene da Silva Oliveira. O casal foi detido em flagrante com 250 litros de gasolina que, segundo investigações, não tinham destino claro e poderiam ter sido destinados à compra de votos.

A operação contou com a presença do juiz eleitoral da comarca, Manoel Átila Araripe Autran Nunes, que autorizou a apreensão do combustível e a coleta de dados dos celulares dos envolvidos. Ambos foram liberados após o pagamento de fiança de R$ 112.960,00 cada um.

O promotor da 19ª Zona Eleitoral, Weslei Machado, solicitou buscas e apreensões contra outros envolvidos, como Caio da Silva Machado e Feliciano Borges Neto, além de uma medida cautelar para suspender as atividades empresariais de Abud e Nelcilene em São Gabriel da Cachoeira até 10 de outubro de 2024.

O Ministério Público, também, recomendou a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico dos suspeitos, abrangendo o período eleitoral de 2024, e a penhora de R$ 337.695,88 das contas da empresa 2A Navegação e Combustível Ltda.

Interceptações telefônicas indicam que Priscila Ambrósio, primeira-dama de São Gabriel da Cachoeira e esposa do atual prefeito Clóvis Corubão (PT), pode ter influência nas operações do posto investigado.

A Polícia Federal suspeita que os combustíveis foram utilizados para a compra de votos, uma prática que compromete a igualdade entre os candidatos e ameaça a integridade do processo eleitoral.

Pressão popular por justiça

Na última terça-feira (15), moradores de São Gabriel da Cachoeira realizaram uma manifestação pedindo que o poder judiciário casse a chapa do PT e declare inelegíveis os envolvidos, incluindo Egmar Curinha. A comunidade expressou seu descontentamento com o uso indevido de recursos para manipular o voto, exigindo uma eleição limpa e justa.

As investigações continuam, e o Ministério Público Eleitoral avaliará as provas para decidir sobre possíveis ações contra o mandato de Egmar Velasques Saldanha, o que poderá reverter o resultado das eleições na cidade.

Egmar Velasques Saldanha, conhecido como Egmar Curinha (PT), venceu a eleição para prefeito de São Gabriel da Cachoeira com 11.014 votos (47,15%) contra 10.261 votos (43,93%) de Cláudio Pontes (Podemos). No entanto, o resultado poderá enfrentar contestação judicial.

Documentos

Loader Loading...
EAD Logo Taking too long?

Reload Reload document
| Open Open in new tab
Loader Loading...
EAD Logo Taking too long?

Reload Reload document
| Open Open in new tab
Loader Loading...
EAD Logo Taking too long?

Reload Reload document
| Open Open in new tab
Loader Loading...
EAD Logo Taking too long?

Reload Reload document
| Open Open in new tab
Artigo anteriorMais Médicos reforça atendimento em municípios do Amazonas e amplia cobertura na Amazônia Legal
Próximo artigoIrmãos Menendez: tia afirma que mãe “sacrificou” os filhos por família