Considerado o grande time da temporada 2021, o Atlético Mineiro está perto de fazer história. Após golear o Athletico-PR por 4 a 0 no jogo de ida, o time comandado por Cuca visita o rival, em Curitiba, às 21h30 desta quarta-feira, para confirmar o título da Copa do Brasil e selar a Tríplice Coroa e a melhor temporada da sua trajetória de 113 anos. Já a equipe paranaense busca uma atuação de gala e histórica para reverter a dura derrota sofrida no domingo.

Campeão do Brasileirão, o time mineiro poderá levantar a segunda taça em apenas 10 dias. E, como foi campeão do Estadual, está em totais condições de sonhar com a Tríplice Coroa, repetindo o que o rival Cruzeiro fez em 2003. De quebra, se confirmar o favoritismo, será campeão da Copa do Brasil pela segunda vez em sua história. A primeira foi em 2014, justamente sobre o arquirrival.

O favoritismo do Atlético-MG para esta quarta é inegável e se sustenta na vantagem construída com os quatro gols marcados no Mineirão, no fim de semana. O time de Cuca levanta mais um troféu se perder por até três gols de diferença. Se o Athletico-PR alcançar uma épica vitória por quatro gols de vantagem, o duelo será decidido nos pênaltis. Gol marcado fora de casa não será critério de desempate.

Como de costume, a equipe mineira está confiante, mas evita o clima de “já ganhou”. “É uma vantagem boa. A gente entrou em casa para ganhar, pois sabia que jogar lá contra o Athletico-PR é difícil, campo sintético, um treinador muito inteligente”, adverte Keno. “(O time) Fez boa vantagem, mas não tem nada ganho. É decisão, jogo de guerra e temos de entrar com toda disposição que entramos aqui.”

A vantagem dos mineiros, contudo, não se restringe ao placar. De longe, o Atlético é o time mais elogiado do Brasil pelo que apresentou ao longo de toda a temporada. A sólida defesa e o poderoso ataque, liderado por Hulk, fizeram o título do Brasileirão ser conquistado com 13 pontos de vantagem, o segundo melhor ataque e a melhor defesa do campeonato. Foram apenas seis derrotas em 38 rodadas.

Se confirmar o favoritismo, o time de Cuca deve ser considerado o maior da história do Atlético. Mas, mesmo ainda sem levar o troféu, o ídolo Reinaldo já crava a equipe atual como a melhor de todas. “Este time do Atlético pode ser considerado o maior da história. Até por este grande título, este bicampeonato (brasileiro). E tudo evoluiu. Nós jogamos um futebol bonito”, afirmou o ex-jogador ao canal SporTV.

Para a finalíssima, Cuca não terá o atacante Diego Costa, que sequer viajou com a delegação na terça, mas deve comparecer à Arena da Baixada para apoiar os companheiros. Ele se recupera de um incômodo na coxa direita sofrido no jogo de ida. Vargas deve compor o trio de ataque com Keno e Hulk. Outra opção é Nacho Fernández.

O zagueiro Nathan Silva é outra baixa. Gripado, ficou em repouso na capital mineira. Mas não poderia ser escalado mesmo se estivesse bem fisicamente. Ele já defendeu o Atlético-GO nesta edição da Copa do Brasil.

Do lado paranaense, o Athletico também sonha com o segundo título da competição nacional. E busca inspiração em 2019, quando levantou o troféu do torneio pela primeira vez. Naquela edição, levou 2 a 0 para o Grêmio na ida da semifinal. Devolveu o placar na volta e venceu nos pênaltis. Também deixou pelo caminho o Flamengo, de Jorge Jesus, antes de bater o Internacional na final.

O time de Curitiba também amealhou elogios ao longo de 2021. Mas não chegou a encantar. Passou boa parte do Brasileirão brigando contra a zona de rebaixamento por ter se concentrado na Copa do Brasil e na Copa Sul-Americana, torneio no qual se tornou o primeiro time brasileiro a somar dois títulos, após vencer o Red Bull Bragantino na final.

A situação atual, no entanto, é mais complicada. Com a dura missão de vencer o melhor time do Brasil, e por uma diferença de quatro gols, o Athletico pode entrar em campo sem um dos seus principais jogadores. O meia-atacante Nikão apresenta dores no tornozelo, após sofrer entrada dura de Igor Rabello no jogo de ida, e é desfalque quase certo. Se jogar, será no sacrifício. Pedro Rocha deve ser o substituto.

Outra baixa de peso é o zagueiro Thiago Heleno, suspenso por ter levado o terceiro cartão amarelo no fim de semana. Zé Ivaldo é a principal opção do técnico Alberto Valentim para a zaga. (Estadão)

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