Ademar Cardoso, irmão de Djidja Cardoso, afirmou não sentir peso na consciência pela morte da irmã, ocorrida após o uso indiscriminado de Ketamina. A droga foi usada em rituais da seita conhecida como Pai, Mãe, Vida, à qual ambos pertenciam. Suas declarações foram dadas durante uma entrevista ao programa Câmera Record, exibido neste domingo (22), com o jornalista Roberto Cabrini.
No programa, Ademar assistiu a um vídeo gravado pelo ex-noivo de Djidja, Bruno Roberto, na madrugada de 28 de maio deste ano, data da morte da ex-sinhazinha. No vídeo, Djidja aparece visivelmente debilitada, segurando uma seringa e um frasco de Ketamina, droga que teria contribuído para o seu falecimento. Ademar descreveu a gravação como “horrível”, afirmando que sentiu “peso no coração” ao ver a irmã imobilizada pelo efeito da substância, mas negou sentir “peso na consciência” pelo ocorrido.
“Não pesa a minha consciência, mas fico muito triste. As minhas noites têm sido perfeitas. Na verdade, quando fui preso, no dia 30, nesses dois dias não consegui dormir porque estava no lugar onde a minha irmã morreu”, comentou Ademar, referindo-se aos dias após a morte de Djidja.
Quando questionado por Cabrini se deveria ter impedido o uso do medicamento por parte da irmã, Ademar foi firme ao afirmar que não poderia interferir nas decisões dela, embora tenha tentado salvá-la em diversas ocasiões. “Eu corromperia a soberania dela, mas tentei [salvar]. Levei ela ao médico várias vezes, inclusive de forma compulsória”, explicou.
O vídeo também foi mostrado à mãe de Djidja, a empresária Cleusimar Cardoso, que afirmou desconhecer a gravação até o momento. Cleusimar revelou que Bruno Roberto estava na casa da família naquela noite, com o intuito de tentar impedir Djidja de usar a droga.
“Ele foi lá para casa para fazer com que ela parasse”, contou a mãe, acrescentando que estava no quarto no momento em que tudo aconteceu. “Pelo jeito, o Bruno filmou”, concluiu.
O caso de Djidja Cardoso trouxe à tona debates sobre o uso de substâncias controladas em rituais religiosos e o impacto dessas práticas na saúde mental e física dos adeptos. A investigação segue em andamento, enquanto a família de Djidja lida com a dor de sua perda e busca por respostas.
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