
Familiares e amigos do cantor Thiago Gabriel dos Santos Braga, conhecido artisticamente como MC Thiago, realizaram um protesto na manhã deste domingo (29), em frente ao Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), localizado na zona Centro-Sul de Manaus. O ato teve como objetivo cobrar justiça e impedir a soltura de Patrick Silva de Araújo, de 29 anos, suspeito de ser o autor do assassinato do artista.
De acordo com o advogado da família, Alexandre Torres, existe a expectativa de que Patrick seja liberado já nesta segunda-feira (30), em razão de a prisão preventiva não ter sido convertida em temporária. A possibilidade revoltou os parentes da vítima, que exigem das autoridades judiciais e policiais uma resposta firme e transparente.
“Ele confessou o crime. A família não pode aceitar que uma pessoa que tirou uma vida de forma brutal retorne ao convívio social como se nada tivesse acontecido. A sociedade também espera uma posição firme da Justiça”, declarou o advogado.
O crime
O homicídio ocorreu no mês passado, no bairro Raiz, Zona Sul de Manaus. Segundo as investigações da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Patrick esfaqueou Thiago no tórax após encontrá-lo com sua companheira dentro do apartamento onde o casal residia. Os três estavam ingerindo bebidas alcoólicas desde a madrugada.

Ainda conforme o delegado Ricardo Cunha, responsável pelo caso, após uma discussão inicial com a companheira, Patrick deixou o local, mas retornou minutos depois e surpreendeu os dois juntos. A agressão foi imediata. MC Thiago ainda tentou correr, mas não resistiu aos ferimentos e morreu pouco depois.
Após o crime, o suspeito fugiu por via fluvial e permaneceu foragido por alguns dias. Ele foi localizado em uma embarcação que seguia para o município de Japurá, no rio Solimões, durante uma operação policial em Coari. Segundo os agentes, Patrick tentou se esconder na parte traseira do barco, mas acabou identificado e preso.
Clamor por justiça
Com o caso ainda em fase de investigação, a família de Thiago Gabriel teme que a liberdade de Patrick possa comprometer o andamento do processo e a própria sensação de justiça. O apelo é para que a Justiça mantenha o acusado detido até que todas as etapas legais sejam concluídas.
“O que buscamos não é vingança, mas justiça. A dor da perda é imensa, e o mínimo que esperamos é que o autor responda preso por um crime tão grave”, concluiu o advogado da família.