Durante protesto realizado neste domingo (29) na Avenida Paulista, em São Paulo, o pastor Silas Malafaia elevou o tom contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, a quem chamou de “ditador”. Ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Malafaia também dirigiu críticas contundentes a uma ala da direita, que classificou como “prostituta” e “vagabunda”. As informações são da CNN Brasil.
O discurso ocorreu durante um ato político que reuniu apoiadores do ex-presidente e lideranças conservadoras. Malafaia voltou a atacar decisões do STF relacionadas às investigações dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. Ele questionou a legalidade da prisão do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, e criticou sua delação premiada, classificando-a como “fajuta”.
“Ele [Alexandre de Moraes] pensou rápido: se eu prender o coronel Cid, a delação dele cai, e se a delação dele cai, toda a sustentação da denúncia do PGR Paulo Gonet, que está jogando sua reputação na lata do lixo, desmorona”, afirmou Malafaia.
Além das críticas ao Judiciário, o pastor direcionou seu discurso ao Congresso Nacional, cobrando uma postura mais firme do Senado. “Por que esse homem não sai do STF com impeachment? Porque quem tem o poder para isso é o Senado. E aí vem a direita prostituta e vagabunda, que se vende”, disse. Em tom de alerta para as eleições de 2026, completou: “Nós temos uma direita séria e verdadeira, mas grande parte dela é um monte de vagabundo vendilhão. Por isso que na eleição de 2026 nós não podemos errar o voto dos senadores.”
Apesar da retórica inflamada, a manifestação reuniu público menor do que eventos anteriores. De acordo com o Monitor do Debate Político da Universidade de São Paulo (USP), a estimativa foi de 12,4 mil pessoas presentes na Avenida Paulista.
O ex-presidente Jair Bolsonaro chegou a São Paulo no sábado (28) e se hospedou na ala residencial do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual. Após o ato, a previsão era de retorno a Brasília.
Além de Malafaia e Bolsonaro, o evento contou com a participação de parlamentares e lideranças políticas. Segundo o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder da bancada do PL na Câmara, estiveram presentes quatro governadores, sete senadores, 39 deputados federais e cinco deputados estaduais.
