A União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), em nota divulgada na segunda-feira, 26, manifestou preocupação com as mudanças na Polícia Federal no Amazonas que investiga crimes ambientais e conexos com os direitos humanos na região.
A nota destaca que as recentes modificações lançam intensa desconfiança quanto ao real motivo de tais movimentos em razão de ter acompanhado de perto os excelentes resultados no combate ao crime organizado na região.
De acordo com a entidade, a troca de comando à frente da regional pode prejudicar investigações já em andamento, como a do assassinato do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, ocorrido em junho de 2022.
Desde março de 2023, a superintendência da PF era chefiada pelo delegado Umberto Ramos Rodrigues. Agora, quem passa a assumir a função é o delegado João Paulo Garrido Pimentel.
“Recebemos com extrema preocupação a redistribuição dos inquéritos que estavam sob a presidência do delegado que investiga o massacre no Rio Abacaxis, em que autoridades do alto escalão amazonense estão sob investigação”, escreve a Univaja.
Segundo a Univaa, a redistribuição do inquérito a outro delegado só prejudica as investigações que avançam com a possível elucidação dos crimes e têm como alvos, possivelmente, autoridades amazonenses que dão sustentação às práticas criminosas no Estado que ostenta a terceira1 posição em criminalidade do País.
Veja nota na íntegra