
Belo Horizonte (MG) – A empresa Book Convites, especializada na produção de convites de formatura, está sendo acusada por estudantes de descumprimento de contratos e prejuízos financeiros, afetando 22 turmas de cursos e faculdades diferentes em várias regiões do país.
Segundo relatos dos alunos, a empresa exigiu pagamentos adiantados — em alguns casos, valores superiores a R$ 80 mil — e não cumpriu com os prazos estabelecidos para entrega dos produtos.
Um dos casos mais graves envolve a turma de Medicina da Faculdade de Minas (Faminas). De acordo com Gabriel Dutra, presidente da comissão de formatura, a empresa havia prometido entregar os convites até 29 de abril de 2025, após o pagamento antecipado de R$ 80 mil. Contudo, o material não foi entregue. Novas datas foram negociadas — 16 de maio e 6 de junho —, mas os compromissos também foram descumpridos.
Boletins de ocorrência e denúncias nas redes sociais
Diante da situação, os alunos da Faminas e de outras instituições abriram boletins de ocorrência na Polícia Civil e passaram a relatar o caso nas redes sociais, o que gerou grande repercussão. Com isso, outras comissões de formatura se manifestaram, relatando problemas semelhantes, como atrasos, ausência de entregas, e materiais com qualidade inferior ao contratado, como banners e imagens pixeladas.
Empresa encerra atividades
Em nota enviada aos representantes das comissões, a Book Convites comunicou o encerramento das atividades na última sexta-feira (13/6), orientando os clientes com pedidos pendentes a procurarem o setor jurídico da empresa.
Até o momento, os valores pagos pelas turmas afetadas variam de R$ 6 mil a R$ 80 mil. Veja alguns exemplos:
-
Farmácia – Faminas: R$ 6.364,00
-
Farmácia (2ª turma) – Faminas: R$ 9.925,00
-
Direito – PUC-MG: R$ 10.900,00
-
Farmácia – Unipam: R$ 12.000,00
-
Odontologia – UFVJM: R$ 15.000,00
-
Odontologia – UFMG: R$ 30.000,00
-
Medicina – Faminas: R$ 80.000,00
Os estudantes agora cobram ressarcimento e providências legais. A Polícia Civil de Minas Gerais informou que está apurando os boletins de ocorrência e que os consumidores devem procurar órgãos de defesa do consumidor, como o Procon, além de acionar judicialmente a empresa.
Com informações de CNN Brasil