A diretora da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) Meiruze Freitas classificou como “errada” e disse que a equipe da agência chegou a achar que era falsa uma nota técnica publicada nesta semana pelo Ministério da Saúde desqualificando o uso de vacinas no combate à Covid-19.

Contraditório, o documento, publicado na sexta-feira (21), descarta e também recomenda o uso da hidroxicloroquina no combate à Covid-19, afirmando que o medicamento foi testado e teve eficácia comprovada contra a doença, enquanto diz que as vacinas não teriam passado por avaliações e não teriam a mesma eficiência comprovada.

O documento é assinado pelo secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos do ministério, Hélio Angotti Neto.

“Essa nota está errada. As vacinas têm todos os estudos que foram capazes de comprovar sua segurança, eficácia e qualidade”, disse Freitas em entrevista à CNN neste sábado (22).

“Foram feitos os estudos iniciais pré-clínicos e também os testes em humanos de fase um, dois e três. Já temos um ano de vacinação no Brasil (…). Hoje o Brasil ainda enfrenta a pandemia, mas as vidas continuam sendo preservadas. Então as vacinas têm todos os dados que comprovam sua qualidade.”

Freitas destacou, ainda, que o documento causa especial estranheza por ir contra as indicações do próprio Ministério da Saúde, que é o órgão responsável pela distribuição das vacinas no país e que possui campanhas em suas páginas promovendo a imunização.

“Em um primeiro momento, achamos que o documento era falso. Em um segundo momento foi uma infeliz surpresa, porque as vacinas têm, sim, estudos, e são a melhor estratégia de saúde pública adotada na pandemia.” (CNN Brasil)

Texto publicado por Juliana Elias

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