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Brendan Paul, um ex-assistente do rapper Sean “Diddy” Combs, testemunhou nesta sexta-feira (20), como funcionava o esquema de compra de drogas para o rapper, que está sendo julgado por ter promovido tráfico sexual, prostituição, sequestro, incêndio criminoso, trabalho forçado e mais.

Em seu depoimento, o ex-funcionário do magnata disse que via Combs usar drogas — incluindo cocaína, cetamina, ecstasy e maconha — cerca de uma vez por mês, mas havia outras vezes em que ele parecia estar chapado.

O júri viu uma foto que Paul tirou de Diddy no início do consumo de ecstasy, de um pó de cetamina e molly tingido de rosa “para fins estéticos”, conforme o depoimento do ex-assistente.

Paul disse que Diddy ou outro assistente lhe diziam para conseguir drogas para o rapper. Ele testemunhou que comprava maconha a cada dois meses, pagando US$ 4.200 (cerca de R$ 23.135) por 473 ml. Ele disse que comprava a maconha de Phillip Pines, um dos antigos assistentes de Combs.

Paul disse ter comprado outras drogas para Combs menos de 10 vezes. Ele testemunhou que às vezes pagava entre US$ 300 (R$ 1.652) e US$ 500 (R$ 2.754) por 1 ou 2 gramas de droga e, outras vezes, pegava os pacotes sem pagar pessoalmente.

Em algumas ocasiões, Paul mandava mensagens de texto para um traficante e eles iam até a casa do veterano da indústria musical para entregar as drogas.

O júri também viu mensagens entre Brendan Paul, um traficante de drogas, e outro assistente de Combs, Jonathan Perez, de fevereiro de 2024. Paul testemunhou que Perez o colocou em contato com o traficante para obter drogas para Combs.

“É para você ou para o Puff?”, perguntou o negociador nas mensagens. “Puff”, respondeu Paul, segundo mensagens lidas em voz alta no tribunal. “Mas, por favor, não divulgue isso, você pode contar para quem quer que seja, para mim.”

Paul disse que, quando recebia as drogas, ele as entregava diretamente a Combs ou as colocava na bolsa da Gucci onde as drogas eram armazenadas.

O ex-assistente testemunhou que comprava medicamentos prescritos para Sean “Diddy” em farmácias usando o nome verdadeiro de Combs ou o pseudônimo “Frank Black”.

O júri viu as mensagens que Combs enviou a Paul em 14 de fevereiro de 2024, pedindo-lhe que tomasse Xanax. Paul testemunhou que Combs não tinha receita para Xanax e não conseguiu obter os medicamentos.

Além de testemunhar que não disse à polícia que a cocaína não era dele por “lealdade” a Combs, Paul disse que lidar com drogas era apenas uma parte secundária de seu trabalho como ex-assistente do rapper. “Você não era uma mula de drogas, certo?”, perguntou o advogado de defesa Brian Steel. “De jeito nenhum”, respondeu Paul.

Combs, 55, se declarou inocente de uma acusação de conspiração para extorsão, duas acusações de tráfico sexual e duas acusações de transporte para se envolver em prostituição. Confira quando o julgamento de Diddy deve chegar ao fim.

Com informações de CNN Brasil.

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