Com o objetivo de sensibilizar servidores e funcionários sobre os riscos causados pelo uso de adornos em ambientes hospitalares, a Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon) realiza, na segunda e nesta terça-feira (dias 9 e 10 de setembro), a campanha “Adorno Zero”, cujo tema foi “Adorno não combina com ambiente de saúde”. 

Ao som de rap e caracterizados como rappers, utilizando perucas, brincos e óculos coloridos, os enfermeiros, técnicos, médicos e fisioterapeutas percorreram os nove andares da unidade hospitalar. Eles visitaram a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) adulto e pediátrico, centro cirúrgico, enfermarias masculina, feminina e infantil, alertando os profissionais sobre o risco do uso de adornos (aliança, brincos, pulseiras, relógios, broches) como agentes transmissores de infecções.  

Organizada pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e Núcleo de Segurança do Paciente (NSP), a ação também contou com a colaboração do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), estudantes de Enfermagem e Fisioterapia.

Proteção e segurança – Conforme a enfermeira responsável pela CCIH, Glauciane Moreira Neves, a campanha segue a Norma Regulamentadora n° 32, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que estabelece as diretrizes para a implantação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde.

A proibição do uso de adornos, segundo a enfermeira, deve ser observada para todo trabalhador do serviço de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde expostos ao agente biológico, independente de sua função. “O uso de brincos, anéis, pulseiras por profissionais de saúde aumenta as chances de infecção cruzada entre os pacientes. A contaminação desses objetos pode durar horas e até meses”, alertou.

Higienização das mãos – A médica infectologista da FCecon, Silva Leopoldina Santos de Souza, frisou que as mãos constituem a principal via de transmissão de microrganismos durante a assistência prestada aos pacientes. Assim, segundo ela, a higienização delas é a medida mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação das infecções relacionadas à assistência à saúde.

“Todavia, os adornos e objetos de difícil higienização dificultam a higienização adequada das mãos e de superfícies corpóreas, podendo ser responsável por transferir agentes causadores de infecção de um objeto a outro, para superfícies, para as mãos do profissional, ao paciente”, destacou Souza.   

Regras – Para se evitar infecções, não se deve utilizar adornos ao entrar no hospital, os mesmos precisam ser guardados na bolsa ou em sacos plásticos individuais. Coloque-os ao sair do hospital.   

Riscos à saúde – Adornos usados nos setores assistenciais abrigam agentes patogênicos, aumentando o risco de infecção e comprometendo a segurança do paciente.

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