Na segunda noite do 58º Festival Folclórico de Parintins, realizada neste sábado (28), o Boi Garantido encerrou sua apresentação com um momento de forte conexão com sua galera. Ao som das toadas “São Benedito” e “Vermelhou”, o boi vermelho e branco agradeceu o apoio da torcida, coroando uma noite marcada por simbolismo, emoção e elementos mitológicos da Amazônia.

Logo após o Ritual Ajié, protagonizado pelo pajé Adriano Paketá, o Garantido se dirigiu à arquibancada vermelha acompanhado da cunhã-poranga Isabelle Nogueira. Juntos, saudaram o público antes de deixar a arena, encerrando com força e reverência o segundo dia do festival.

Lenda encenada pela cunhã-poranga impressiona o público

Um dos momentos mais marcantes da noite foi protagonizado por Isabelle Nogueira, que surpreendeu ao dar vida à Epopéia de Tamapú – uma lenda inspirada na ancestralidade indígena e no imaginário amazônico. Na história, Isabelle interpreta a filha do Urubu Rei, uma princesa encantada coberta por penas de aves que vive sob a proteção – e os desafios – do reino dos urubus.

Na arena, a cena ganha força visual com a aparição de dezenas de urubus cercando a personagem central. A narrativa avança quando o guerreiro Tamapú, apaixonado pela princesa, precisa enfrentar as provações impostas pelas aves e por outras criaturas místicas, como aranhas e formigas titânicas presas em teias.

A performance culmina com a libertação da princesa, que dança diante da galera vermelha e branca em um gesto de superação e amor, encerrando a encenação com forte apelo estético e simbólico.

O Festival Folclórico de Parintins continua neste domingo (29), com a terceira e última noite de apresentações no Bumbódromo. Garantido e Caprichoso voltam à arena para definir quem levará o título da edição 2025.

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