Suspeito de fazer parte de esquema de lavagem de dinheiro proveniente do jogo do bicho, o cantor sertanejo Gusttavo Lima teve a prisão decretada pela Justiça pernambucana nessa segunda-feira (23/9).

Documentos obtidos pelo Diário de Pernambuco mostram que pesam contra o artista transações milionárias e negócio envolvendo um jatinho. Lima é um dos alvos da Operação Integration, que havia prendido a influenciadora Deolane Bezerra, o CEO da Esportes da Sorte, Darwin Silva Filho, e outras pessoas.

Lima é um dos alvos da operação Integration, que já havia prendido a influenciadora Deolane Bezerra, o CEO da Esportes da Sorte, Darwin Silva Filho e outras pessoas.

Por que Gusttavo Lima é investigado na operação integration

O Diario de Pernambuco obteve acesso ao documento que decretou prisão do cantor sertanejo.

A empresa BALADA EVENTOS E PRODUÇÕES LTDA, que tem como sócio Nivaldo Batista Lima (Nome de Gusttavo Lima), é suspeita de “ocultar valores provenientes dos jogos ilegais da HSF Entretenimento Promoção de Eventos (Esportes da Sorte), ao receber dela, no dia 25/05/2023, R$ 4.947.400,00”, diz o inquérito policial.

Além disso, ele recebeu, de outro investigado, valores que somaram R$ 22.232.235,53, segundo a Polícia.

Este outro investigado é José André Rocha, sócio da Pix365 Soluções Tecnológicas e da J. M. J. Participações LTDA, que teria repassado a Aeronave Cessna Aircraft, modelo 560XLS, para o cantor.

Ainda de acordo com o inquérito, Gusttavo Lima teria recebido de André vários lançamentos que totalizaram mais de R$ 22 milhões. Com destaque para um lançamento no valor de R$ 16 milhões, no dia 16 de fevereiro de 2024.

Ele é suspeito, ainda, de ocultar valores em espécie em cofre da empresa.

“Ocultar valores provenientes dos jogos ilegais da Sports Entretenimento Promoção de Eventos e Pix 365 Soluções tecnológicas, ao guardar em cofre da empresa R$ 112.309,00 (cento e doze mil e trezentos e nove reais), € 5.720,00 (R$ 35 mil, segundo cotação atual), £ 5.925 (R$ 43 mil, segundo cotação atual) e U$ 1.005,00 (R$ 5 mil, segundo cotação atual)”, diz o documento.

Segundo a polícia, os foragidos na operação, Rayssa Ferreira Santana Rocha, Thiago Lima Rocha, José André Da Rocha Neto e Aislla Sabrina Truta Henriques Rocha, têm relações com o cantor Gusttavo Lima que apresentam características espúrias e duvidosas.

“No dia 1º de julho de 2024, NIVALDO BATISTA LIMA adquiriu uma participação de 25% na empresa Vai de Bet, o que acentua ainda mais a natureza questionável de suas interações financeiras. Essa associação levanta sérias dúvidas sobre a integridade das transações e a legitimidade dos vínculos estabelecidos. É imperioso destacar que NIVALDO BATISTA LIMA, ao dar guarida a foragidos, conforme se visualiza no ID nº 181546277, demonstra uma alarmante falta de consideração pela Justiça.”, afirma o inquérito.

O inquérito diz, também, que a “intensa relação financeira” com esses indivíduos, que inclui movimentações suspeitas, levanta sérias questões sobre sua própria participação em atividades criminosas.

“A conexão de sua empresa com a rede de lavagem de dinheiro sugere um comprometimento que não pode ser ignorado”, detalha o documento.

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