O Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), ligado à Universidade Federal do Amazonas (Ufam), informou nesta segunda-feira (19) que Sophia Livas de Morais Almeida, presa por se passar por médica em Manaus, nunca exerceu qualquer função médica na instituição. Segundo o hospital-escola, a suspeita teve acesso às dependências do local exclusivamente por ser aluna de mestrado da universidade, e sua formação é na área de Educação Física.

A declaração foi feita por meio de nota pública após a repercussão da prisão de Sophia Livas, que, segundo a Polícia Civil, atendia pacientes – inclusive crianças com condições de saúde delicadas – usando a identidade de uma médica real para aplicar golpes e atuar de forma clandestina.

De acordo com o HUGV, Sophia frequentou o Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Ufam como mestranda e, à época, tinha permissão para circular em áreas da universidade, incluindo o hospital, unicamente em função de suas atividades acadêmicas.

A instituição destacou que não existem registros de atendimento clínico ou vínculo profissional com a ex-aluna, que já concluiu o curso de mestrado e não mantém mais nenhuma relação institucional com a universidade.

“O Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV-UFAM/Ebserh) esclarece que Sophia Livas de Morais Almeida nunca atuou como médica no hospital e nem constam registros de atendimento médico feito por ela na unidade hospitalar”, diz a nota.

O hospital reforçou ainda que está à disposição das autoridades para auxiliar nas investigações conduzidas pela Polícia Civil.

A prisão de Sophia Livas evidenciou a gravidade do caso, já que a suspeita chegou a participar de congressos médicos e teve acesso a hospitais mesmo sem possuir registro profissional válido. A investigação agora busca identificar o alcance de suas ações e se houve conivência de terceiros.

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