
O comércio ilegal de axolotes (Ambystoma mexicanum) no Brasil acendeu um novo sinal de alerta para riscos ambientais e crimes contra a fauna. No dia 26 de março de 2025, três exemplares da espécie — dois albinos e um de coloração selvagem — foram apreendidos pela Receita Federal em uma agência dos Correios de Manaus (AM) e encaminhados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Os animais estavam sendo transportados de forma inadequada, acondicionados em sacos plásticos com água dentro de uma caixa com dispositivo de oxigenação. Segundo o Ibama, a comercialização do axolote é proibida no país, uma vez que a espécie é considerada exótica, e o seu comércio, posse ou transporte sem autorização configura crime ambiental, sujeito a multa e detenção.
Originário do México e impulsionado em popularidade global após ser incluído no jogo Minecraft em 2021, o axolote tem sido alvo de redes de tráfico internacional. Especialistas alertam que a introdução de espécies exóticas pode provocar graves desequilíbrios ecológicos, afetando a fauna e a flora locais e ameaçando espécies nativas.
Joel Araújo, superintendente do Ibama no Amazonas, reforçou a necessidade de vigilância em relação a práticas que ganham visibilidade na internet. “A vida silvestre está sendo ameaçada por práticas incentivadas na Internet. Precisamos estar atentos, pois muito do que se publica e do que se faz na Internet com a fauna constitui crime punível até mesmo com a detenção”, afirmou.
O Ibama destacou a importância da conscientização pública para coibir o tráfico de animais e proteger a biodiversidade brasileira. Em postagem nas redes sociais (@ibamagov), o Instituto reforçou o apelo para que a população denuncie casos de venda irregular de axolotes e outros animais exóticos. Segundo a autarquia, a preservação da vida silvestre é responsabilidade de todos.
Confira a publicação do Ibama sobre o caso:
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