O Ministério Público Federal (MPF) confirmou que o indigenista Bruno Araújo Pereira relatou, em abril deste ano, que vinha recebendo ameaças. Ele, junto com o jornalista inglês Dom Phillips, estão desaparecidos desde o último domingo (5).
Segundo relatos de Bruno a integrantes do MPF, uma organização criminosa que atua com pesca e caça ilegais na região da reserva indígena Vale do Javari, no Amazonas, onde ocorreu o sumiço, estaria ameaçando o indigenista por conta do trabalho dele na região.
Mulher será ouvida
Na manhã desta sexta-feira (10) a mulher de Amarildo da Costa de Oliveira, o “Pelado”, será ouvida pela Polícia Civil, em Atalaia do Norte. Ele é o principal suspeito pelo desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips. Agentes da Polícia Federal irão acompanhar o depoimento.
De acordo com o delegado Alex Perez, a mulher, que não teve nome divulgado, faz parte de uma lista de oito pessoas consideradas suspeitas até o momento de envolvimento com o caso, ainda que na condição de testemunha.
Ao O Globo, o delegado disse que a mulher será ouvida, porque Amarildo disse em seu depoimento que passou o dia todo com ela na data do desaparecimento do jornalista e do indigenista.
STF Acionado
A entidade Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) notificou o Supremo Tribunal Federal sobre o caso do desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips. A petição de informação foi feita dentro da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental de número 709, de relatoria do ministro Luís Roberto Barroso.