
A Guarda Revolucionária do Irã afirmou nesta terça-feira (17/6) que realizou um ataque direto contra instalações de inteligência israelense em Tel Aviv, incluindo centros operacionais do Mossad e do Aman, serviço secreto militar de Israel. A informação foi divulgada em comunicado transmitido pela TV estatal iraniana e repercutida pelo jornal The Guardian.
“Atacamos o centro de inteligência militar do exército do regime sionista (Aman) e o centro de planejamento de operações terroristas (Mossad) em Tel Aviv. As instalações estão em chamas”, declarou a Guarda.
Conflito se intensifica com morte de comandante iraniano
O anúncio ocorre horas após Israel declarar ter eliminado Ali Shadmani, chefe do Estado-Maior de Guerra do Irã, durante um ataque aéreo a um centro de comando em Teerã. Segundo as Forças de Defesa de Israel, Shadmani era um dos mais altos oficiais militares iranianos e figura de confiança do líder supremo Ali Khamenei.
Ministro israelense ameaça Khamenei
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, elevou ainda mais o tom do conflito ao afirmar que Khamenei pode ter o mesmo destino de Saddam Hussein, ex-presidente do Iraque que foi deposto e executado após a invasão americana em 2003.
“Khamenei pode acabar como Saddam. Os ataques ao Irã vão continuar”, disse Katz.
Ataque cibernético paralisa banco estatal iraniano
Além do conflito militar, o banco estatal iraniano Sepah Bank sofreu um ataque cibernético que causou a interrupção de serviços on-line. A agência de notícias Fars confirmou a paralisação, mas não atribuiu responsabilidade pelo ataque.
“Um ataque cibernético teve como alvo a infraestrutura do Sepah Bank, causando interrupções nos serviços online da instituição”, informou a Fars.
Escalada de tensão
Os acontecimentos desta terça-feira representam uma das maiores escaladas de confronto direto entre Irã e Israel em território interno e externo desde o início da crise regional alimentada pela guerra em Gaza e conflitos por procuração em países como Síria e Líbano.
A situação eleva a preocupação da comunidade internacional quanto à possibilidade de um confronto regional em larga escala.
Com informações de Metrópoles