
O conflito entre Irã e Israel voltou a se agravar neste sábado (14/6), com ambos os países direcionando ataques a infraestruturas estratégicas de energia, como campos de petróleo e gás. A troca de ofensivas elevou a tensão no Oriente Médio e já causa reflexos significativos na economia global, especialmente no setor energético.
Por volta das 23h no horário local, Teerã lançou novos ataques contra a área de Haifa, no norte de Israel, em retaliação a bombardeios israelenses contra instalações industriais iranianas. De acordo com autoridades israelenses, pelo menos cinco pessoas ficaram feridas e uma refinaria em Haifa, uma das maiores do país, teria sido atingida por foguetes.
Alvos estratégicos e retaliação mútua
Horas antes da investida iraniana, Israel havia bombardeado um campo de gás em Bushehr, cidade portuária iraniana no Golfo Pérsico, e uma refinaria de petróleo em Abadan, a cerca de cinco horas de distância. Segundo autoridades iranianas, um depósito de petróleo nas proximidades de Teerã também foi atingido, mas a situação teria sido contida.
A refinaria danificada em Haifa é responsável por processar cerca de 9,8 milhões de toneladas de gás por ano, segundo dados da indústria local. A área portuária da cidade abriga boa parte da infraestrutura energética de Israel.
Reação no mercado internacional
A escalada militar entre os dois países afetou diretamente o mercado global. O preço do petróleo tipo Brent — referência internacional — subiu mais de 10% na sexta-feira (13/6), refletindo o temor de uma possível interrupção no fornecimento mundial da commodity.
O Oriente Médio é responsável por aproximadamente um terço da produção global de petróleo, e analistas alertam que o prolongamento ou expansão do conflito poderia gerar uma nova crise energética, com impactos diretos sobre inflação, cadeias de suprimentos e políticas econômicas globais.
Risco de alastramento regional
O aumento das hostilidades entre Irã e Israel eleva o risco de uma guerra regional, em uma área onde diversas potências e grupos armados possuem interesses diretos. O temor da comunidade internacional é que outros países ou milícias locais passem a integrar o conflito, ampliando ainda mais os impactos humanitários e econômicos.
Organizações multilaterais e líderes mundiais intensificam os apelos por contenção e negociação diplomática, enquanto monitoram de perto os desdobramentos nas fronteiras sensíveis do Oriente Médio.
Com informações de Metrópoles