Oriente Médio – A Força Aérea de Israel afirmou ter realizado, neste domingo (15/6), o ataque mais distante já feito durante a atual operação militar contra o Irã. O alvo foi um avião-tanque iraniano estacionado no Aeroporto de Mashhad, localizado no leste do Irã, a 2.300 km de território israelense.
“Há pouco tempo, a IAF [Força Aérea de Israel] atacou uma aeronave iraniana de reabastecimento aéreo no Aeroporto de Mashhad. Este é o ataque de maior alcance realizado desde o início da operação”, declarou a IAF em nota oficial.
Importância do alvo
O avião-tanque é considerado um recurso estratégico para a força aérea de qualquer país, pois permite o reabastecimento de caças e bombardeiros em pleno voo, ampliando significativamente o raio de ação de suas aeronaves.
Com uma frota inferior em número e tecnologia comparada à de Israel, o Irã depende fortemente desse tipo de apoio para manter capacidade defensiva.
Segundo fontes militares israelenses, grande parte do sistema de defesa antiaérea iraniano já havia sido destruído em ataques anteriores, o que facilitou a operação no interior do país.
Situação do conflito
Este é o quarto dia de confrontos abertos entre os dois países, desde o ataque inicial de Israel contra alvos ligados ao programa nuclear iraniano, na última quinta-feira (12/6). A justificativa do governo de Benjamin Netanyahu é impedir que o Irã construa uma bomba atômica.
Em resposta, o Irã lançou mísseis e drones contra cidades israelenses. Até o momento, o saldo de vítimas confirmado é de:
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14 mortos em Israel, incluindo três crianças;
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128 mortos no Irã, segundo dados do Ministério da Saúde iraniano, embora esse número varie conforme a atualização mais recente. Relatórios parciais indicam pelo menos 18 mortos neste domingo.
A maioria das vítimas, conforme o Irã, seriam civis.
Cenário regional e riscos
A operação aérea é realizada com cautela devido à complexidade geopolítica da região. Entre Israel e Irã estão países como Síria, Jordânia, Arábia Saudita e Iraque, que mantêm diferentes graus de envolvimento ou neutralidade no conflito.
A escalada reacende preocupações da comunidade internacional sobre uma guerra regional de grandes proporções, com potencial de envolvimento de outras potências e milícias ligadas a ambos os lados.
Com informações de Metrópoles
