O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou nesta terça-feira (24/6) o fim da Operação Leão Ascendente, afirmando que Israel atingiu todos os objetivos militares planejados, incluindo ataques às instalações nucleares do Irã, que teriam eliminado o que classificou como uma “dupla ameaça existencial” ao Estado israelense.
A ofensiva, que durou 12 dias, resultou em uma escalada significativa no Oriente Médio e envolveu também ataques contra alvos no coração de Teerã. Netanyahu destacou que o país alcançou superioridade aérea total sobre a capital iraniana, eliminou centenas de militantes da Basij, destruiu alvos estratégicos militares e matou mais um cientista nuclear sênior iraniano.
“Israel removeu de si uma dupla ameaça existencial, tanto na questão nuclear quanto em relação aos mísseis balísticos”, afirmou o premiê.
Cessar-fogo em vigor
Apesar da continuidade de ataques após a trégua anunciada, Netanyahu confirmou adesão de Israel à proposta de cessar-fogo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e garantiu que o país responderá a qualquer violação com “firmeza”.
“Tendo alcançado os objetivos da operação, e em plena coordenação com o presidente Trump, Israel concorda com a proposta para um cessar-fogo bilateral”, declarou Netanyahu.
Trump pressiona por trégua
Na Truth Social, Trump reforçou o apelo para que Israel respeite o cessar-fogo, exigindo publicamente o fim dos bombardeios:
“ISRAEL, NÃO LANÇEM ESSAS BOMBAS. Se fizerem, é uma grave violação. Tragam seus pilotos para casa, agora!”
A publicação surge após a repercussão do ataque iraniano à base norte-americana de Al Udeid, em Doha, no Catar, nesta segunda-feira (23/6). Apesar da ofensiva, os Estados Unidos afirmaram que não houve baixas e consideraram o ataque como parte de uma escalada sob controle.
Contexto: a “guerra de 12 dias”
O conflito entre Israel e Irã se intensificou após uma ação militar conjunta dos EUA e Israel contra instalações nucleares iranianas, vista por Teerã como uma agressão direta. O Irã respondeu atacando alvos militares e diplomáticos dos EUA e de Israel, o que levou a uma série de represálias.
Apesar do anúncio de cessar-fogo por Trump, ambos os lados se acusam de violar a trégua, levantando dúvidas sobre a estabilidade do acordo.
Repercussão
Netanyahu, em tom triunfalista, declarou que Israel agora se posiciona entre “as maiores potências do mundo”, e que os feitos da operação são uma “garantia para a eternidade do Estado de Israel”.
Enquanto isso, analistas internacionais seguem atentos às possíveis reações do Irã e às implicações diplomáticas da crise no Golfo e no cenário geopolítico global.
Com informações de Metrópoles
