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O governo de Israel interceptou no domingo (8/6) a embarcação Madleen, que transportava ajuda humanitária com destino à Faixa de Gaza. A bordo estavam 12 ativistas internacionais, entre eles a sueca Greta Thunberg, o brasileiro Thiago Ávila, o ator de Game of Thrones Liam Cunningham e a deputada do Parlamento Europeu Rima Hassan. O grupo integra a iniciativa Freedom Flotilla Coalition, que partiu da Itália com o objetivo de levar suprimentos básicos ao enclave palestino e chamar atenção para a crise humanitária em curso.

Nesta segunda-feira (9/6), o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, parabenizou o exército pela “tomada rápida e segura” da embarcação e informou que os ativistas detidos serão conduzidos ao porto de Ashdod, onde assistirão a vídeos sobre o ataque do 7 de outubro de 2023, atribuído ao grupo extremista Hamas.

“É apropriado que a antissemita Greta e seus amigos apoiadores do Hamas vejam exatamente quem é a organização terrorista Hamas (…) e quais atrocidades cometeram contra mulheres, idosos e crianças”, escreveu Katz na rede social X.

Críticas e reação do Brasil

O episódio gerou reação do governo brasileiro, que cobrou a libertação dos ativistas. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) destacou que acompanha “com atenção” a situação e ressaltou o princípio da liberdade de navegação em águas internacionais.

“O Brasil insta o governo israelense a libertar os tripulantes detidos”, afirmou o Itamaraty.

Durante a abordagem, os ativistas jogaram seus celulares no mar a pedido de um dos líderes do grupo, que também orientou que todos obedecessem às ordens dos soldados israelenses. Imagens da interceptação mostram um clima tenso, mas sem relatos de violência física até o momento.

Contexto da missão humanitária

A Freedom Flotilla Coalition é uma iniciativa internacional que busca romper o bloqueio imposto a Gaza por Israel, levando itens essenciais de ajuda humanitária ao território palestino. A embarcação Madleen havia partido da Itália há uma semana com destino à costa de Gaza.

A ação ocorre em meio à crescente pressão internacional contra o governo de Benjamin Netanyahu, que chegou a bloquear a entrada de ajuda humanitária no território em maio, agravando ainda mais a situação da população local.

Segundo Katz, a interceptação faz parte dos esforços contínuos das forças israelenses para combater o Hamas, acusado de cometer os ataques de outubro de 2023, que resultaram em 1.200 mortes e 251 sequestros.

Com informações de Metrópoles

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